Economia Titulo
Acordo empresarial argentino-brasileiro suaviza atrito
Da AFP
31/07/2004 | 17:17
Compartilhar notícia


Um acordo empresarial para limitar as exportações de fogões e geladeiras do Brasil à Argentina permitiu reduzir a lista dos assuntos que, nas últimas semanas, foram motivo de atritos comerciais entre os dois países, informou neste sábado a imprensa local.

O entendimento entre industriais dos dois países deixa praticamente sem efeito a ameaça argentina de impor restrições a produtos brasileiros desse tipo, que registraram um aumento da importação da ordem de 100% nos primeiros cinco meses de 2004, segundo dados do ministério da Economia.

O ministro da Agricultura do Brasil, Roberto Rodrigues, disse na sexta-feira, em Buenos Aires, que seu governo não pretende aplicar restrições à importação de alimentos da Argentina, medida que alguns jornais anteciparam como represália ao conflito com os eletrodomésticos.

Rodrigues disse à jornalistas argentinos que em seu país "existe uma certa preocupação" transmitida às autoridades por parte dos produtores de trigo, alho, vinho e arroz com as compras feitas à Argentina. "Os produtores pedem ao governo que avalie a situação. Mas até agora não há uma decisão sobre restrições", explicou Rodrigues, que participou, na capital argentina, de uma reunião do Conselho Agropecuário do Sul.

Ele lamentou o episódio em torno dos eletrodomésticos, porque o setor representa uma porção "insignificante" do comércio bilateral entre os dois maiores parceiros do Mercosul.

As negociações sobre as máquinas de lavar brasileiras prosseguem entre os empresários, e a Argentina manterá as restrições aplicadas à importação de aparelhos de TV brasileiros, sendo que até janeiro próximo aplicará uma tarifa de 21,5% às peças fabricadas na zona franca de Manaus.

Para as máquinas de lavar roupa, os empresários argentinos propõem um limite de compra de 60 mil unidades anuais, enquanto os brasileiros querem poder exportar 200 mil peças.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;