Automóveis Titulo Esporte a motor
Superesportivos de 'responsa'
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
13/06/2012 | 07:00
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Divulgação


Eles são atrações a parte. Nas principais categorias do esporte a motor no mundo - Fórmula 1, MotoGP, DTM (Campeonato Alemão de Carros de Turismo) e Fórmula Indy -, os safety cars, também chamados de carros de segurança, são alguns dos automóveis mais desejados do mundo. Verdadeiras obras de arte da engenharia do calibre de Mercedes-Benz C63 AMG, Chevrolet Corvette ZR1, BMW M6, Mini John Cooper Works...

Desde 2011, a responsabilidade por restabelecer a ordem na pista e zelar pela segurança dos pilotos na F-1 é do Mercedes-Benz SLS AMG, primeiro veículo da marca alemã totalmente desenvolvido por sua divisão esportiva (AMG). Releitura do modelo 300 SL de 1954, o asas de gaivota é equipado com motor 6.2 V8 de 571 cv de potência e torque de 66,3 mkgf, que leva o bólido de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos. A transmissão automatizada de dupla embreagem é de sete velocidades.

Na última edição da tradicional 500 Milhas de Indianápolis da F-Indy, o safety car - por lá chamado de pace car - foi o Chevrolet Corvette ZR1. E assim como o SLS AMG, o superesportivo norte-americano com 60 anos de história traz motor 6.2 de oito cilindros em ‘V', que desenvolve descomunais 647 cv. O ZR1 chega aos 100 km/h em 3,4 segundos e atinge a velocidade máxima de 330 km/h. O câmbio é manual de seis marchas.

Na MotoGP, o carro de seguranças é um BMW. Apesar de a marca de origem alemã produzir algumas das motocicletas esportivas mais admiradas, como a K 1300 S e a S 1000 RR, quem faz sucesso na F-1 das duas rodas é o superesportivo M6. O modelo preparado pela Motorsport - divisão esportiva da BMW - tem sob o capô um coração 4.4 V8 de 560 cv e transmissão automatizada (dupla embreagem) de sete velocidades. Em termos de desempenho, esse alemão atinge a velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente) e vai de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos.

No DTM, onde as três gigantes alemãs (Audi, BMW e Mercedes-Benz) disputam a soberania, dois safety cars se alternam a cada etapa: Mercedes-Benz C 63 AMG equipado com propulsor 6.2 V8 de 524 cv, que, curiosamente, é mais potente que o próprio Classe C Coupé que disputa a categoria; e o BMW M3 GTS, que traz motor 4.4 V8 de 450 cv de potência. Ambas as máquinas germânicas têm transmissão automatizada de sete marchas, com sistema de dupla embreagem.

NO BRASIL

No Brasil, a Stock Car, categoria mais popular do automobilismo nacional, tem como carro de segurança um Chevrolet Camaro SS. A versão abençoada com bloco 6.2 V8 de 406 cv e torque de 56,7 mkgf atinge os 250 km/h de máxima chega aos 100 km/h em 4,6 segundos.

Já na Mini Challenger, o safety car, como não poderia ser diferente. Trata-se de um Mini John Cooper Works, versão mais apimentada da marca. O foguetinho tem motor 1.6 16V turbo de 211 cv e torque de 26,5 mkgf. A máxima é de 238 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 6,5 segundos.

Potência para salvar vidas

"Temos somente 120 segundos para chegar até o local do acidente". A declaração é do ex-piloto brasileiro de Fórmula 1 Alex Dias Ribeiro, que durante três anos - de 1999 a 2001 - foi piloto oficial do Medical Car da principal categoria do automobilismo mundial.

Por isso, além de experiência, preparo e muita habilidade ao volante, o piloto precisa contar com um veículo com excelente performance para prestar o atendimento aos pilotos. Consciente desta necessidade, a F-1 utiliza atualmente uma Mercedes-Benz C 63 AMG Estate equipada com motor 6.2 V8 de 487 cv de potência. A transmissão é automatizada de sete velocidades, com sistema de dupla embreagem.

"Quanto mais rápido chegamos ao acidente, maiores são as chances de os pilotos se salvarem", lembra Dias Ribeiro, que participou dos resgates de Michael Schumacher (GP

da Inglaterra / 1999) e Luciano Burti (GP da Bélgica / 2001).




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