Antes de se tornar o roupeiro do Santo André, Scru foi gandula. “Sempre que tinha jogo eu estava aqui para pegar as bolas. Naquele tempo, o seo Lauro (Lauro Oliani), um dos diretores do Santo André, percebeu o meu esforço e logo me colocou para trabalhar. A disputa pela Segunda Divisão era acirrada e todos os garotos queriam participar de alguma maneira da vida do clube”, diz.
Em 1975, Scru foi promovido a assistente da rouparia e, desde então, é ele quem supervisiona os uniformes dos jogadores. “Cada um tem um armário e aqui (numa sala do Bruno Daniel) é que eu separo tudo. Em dia de jogo, chego aqui às 8h da manhã para não deixar que nada de errado aconteça.”
Superstição, Scru afirma não ter nenhuma, mas como bom devoto de Nossa Senhora Aparecida ele não se separa de uma imagem que tem da santa. “Ela já está dentro da minha mala. É para dar sorte”, afirma.
Outra curiosidade na vida de Scru é que desde o começo de sua carreira ele anota todos os dados dos jogos em cadernos. “Esse aqui (mostra um caderno) é de 2000, mas na minha casa tenho muitos outros arquivados. Aqui marco a escalação, quem fez os gols e cartões, entre outras anotações. É como se fosse um diário. Quando a gente viaja marco até a empresa de ônibus ou a companhia aérea que nos levou”, diz.
E o apelido, como surgiu? “Scru é desde quando comecei no Santo André. Como era exclusivo do clube, começaram a me chamar de Scru e ficou. Acho que sou mesmo excrusivo”, brinca.
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