Os candidatos democratas rivais de Hillary Clinton nas eleições de 2008 recordaram nesta terça-feira o voto da senadora em favor da invasão do Iraque, o que despertou a indignação de fervorosos pacifistas.

O senador Barack Obama, o adversário considerado mais perigoso para Hillary Clinton, mencionou durante uma reunião o apoio à guerra americana no Iraque manifestado pela ex-primeira-dama em 2002, num momento em que cresce a impopularidade deste conflito entre os americanos. “Muitos de nós já sabíamos então, quando ainda não era popular dizê-lo, que esta guerra era um erro”, disse Obama durante a conferência “Take Back America” que reuniu 3 mil ativistas, bloggers e profissionais de campanhas políticas.

Hillary Clinton se recusou a pedir desculpas por seu voto afirmativo em 2002, mas declarou que não votaria da mesma forma se tivesse as informações que tem agora sobre os erros cometidos pelos serviços de inteligência americanos.

A senadora democrata também se apresentou como uma opositora inflexível à guerra, e acusou o presidente republicano George W. Bush de abusar da autoridade que lhe foi dada pelo Congresso. Ela disse que retirará as tropas americanas do Iraque se for eleita presidente em 2008.

Hillary Clinton e Barack Obama votaram no mês passado contra o orçamento de Bush de US$ 100 bilhões para financiar a guerra no Iraque.