Economia Titulo
Consorciado do M deve esperar novas regras
Alessandra Ber
Da Redaçao
24/03/1999 | 21:10
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A orientaçao do BC (Banco Central), que passa a administrar a massa de liquidaçao do Consórcio M, além do Banco Crefisul e outras três empresas controladas por Ricardo Mansur, é que os consorciados devem aguardar a publicaçao do edital com as instruçoes de administraçao da liquidaçao. O administrador será o funcionário do BC Flávio de Souza Siqueira. O mesmo vale para os arrendatários da Crefisul Leasing S/A Arrendamento Mercantil, também liquidada.

Para os clientes que já receberam o bem, o BC recomenda a continuidade dos pagamentos, caso possam ser feitos em qualquer instituiçao bancária. Se o boleto indicar que o pagamento deve ser feito no Crefisul, o consorciado deve aguardar o edital. Já para os participantes dos grupos que ainda nao foram contemplados, instruem que nao sejam feitos os próximos pagamentos. Ainda nao está definida a publicaçao do edital.

Ainda assim, os nao-contemplados dos grupos nao têm nenhuma garantia de que receberao os bens. O BC admite que o consorciado é um dos mais prejudicados nesse processo de liquidaçao. Depois de avaliados os bens para cobrir as dívidas, os consorciados, juntamente com correntistas do Crefisul e fornecedores, sao os últimos da lista de prioridades para os recebimentos. Inicialmente, devem ser cobertos os encargos de administraçao do processo, depois os encargos trabalhistas. Na seqüência, serao pagos tributos devidos e as operaçoes asseguradas pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Só depois, aparecem os correntistas - com mais de R$ 20 mil -, fornecedores e consorciados, ou seja, o crédito quirografário (que nao tem garantia do banco).

Além dessa ordem de pagamentos, o administrador precisa ainda verificar quais as destinaçoes do dinheiro do Consórcio M no Crefisul. Se foram feitas aplicaçoes em CDB, o consórcio, bem como correntistas, têm direito a R$ 20 mil, valor coberto pelo FGC.

Só para o Banco Central, o Crefisul deve cerca de R$ 130 milhoes, sendo R$ 30 milhoes em empréstimo e saques e R$ 100 milhoes em empréstimo feito pelo Proer (Programa de Estímulo à Reestruturaçao e ao Fortalecimento Nacional). A liquidaçao do consórcio foi decretada porque seus recursos estavam aplicados no Crefisul.




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