A montagem, apresentada na regiao no primeiro semestre, ganha agora uma versao reduzida. Dos 46 poemas, ficaram 42. A apresentaçao perdeu 15 minutos e agora dura uma hora. "Isso dá mais ritmo para o espetáculo", afirma o ator.
O trabalho de seleçao dos poemas, bem executado, dá à peça unidade narrativa. A colagem inclui, entre outros, os modernistas Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Mário de Andrade.
Andrade e Rosa levam ao palco as memórias de um velho. A angústia, a graça, a melancolia e a vulnerabilidade intrínsecas à existência humana vêm à tona com lirismo e sensibilidade.
O ator nao se limita a recitar os poemas. Ao contrário, interpreta-os com vigor, extraindo das entrelinhas as intençoes escondidas. A bailarina entra em cena como uma metáfora da morte a rondar o velho.
No mês que vem a montagem vai ao Teatro Hilton, em Sao Paulo. Integrará, juntamente com Mário de Andrade em Rapsódia, o espetáculo Palavras, Palavrinhas, Palavroes. "É o modernismo em verso e prosa", diz Andrade.
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