A Aclu apresentou uma queixa em nome de Marcus McLaurin e exigiu que a escola primária Ernest Gallet Elementary, em Lafayette (Louisiana), retire o incidente do histórico do estudante e não lhe prive do direito de falar de sua família.

Tudo começou em 11 de novembro, quando McLaurin comentou com seus colegas de classe que, em vez de ter uma pai e uma mãe, ele tinha duas mães lésbicas.

Ante a curiosidade e o assombro das crianças, McLaurin explicou que ser lésbica "é quando uma menina gosta de outra menina". Ao ouvir isto, sua professora o repreendeu na frente de seus colegas, o deixou sem recreio e o enviou à sala da diretora.

A professora, não identificada, disse a ele que homossexual é uma “palavra feia" que não deve ser repetida na escola.

Em uma notificação enviada à casa do aluno, a professora explicou que discussões sobre sexualidade "não são aceitáveis em minha sala": "Acho que os pais devem explicar este tipo de coisa a seus próprios filhos e de seu próprio jeito".

Mas o caso não parou aí. Na semana seguinte, a escola exigiu que o menino chegasse mais cedo às aulas, nas quais tinha que escrever repetidas vezes: ‘Nunca mais usarei a palavra homossexual na escola’.

A Aclu tachou como "intolerável" o incidente "discriminatório", por considerar que as autoridades escolares não só feriram e confundiram o menor de idade, como "também violaram seu direito à livre expressão e à igualdade de tratamento".

Sharon Huff, uma das mães de McLaurin, disse que "nenhum menino merece que sua família seja designada como uma 'palavra feia', especialmente uma professora na qual o menino confia e a quem respeita".

A diretora da escola, Virginia Bonvillain, não respondeu à carta enviada pela Aclu.