Com o partido dividido, a bancada paulista do PSDB que atuará na Câmara dos Deputados a partir de 2007 se reuniu neste sábado em São Paulo para pedir o empenho de todos na busca da unidade dentro do próprio grupo.

O encontro, que durou cerca de três horas e contou com a presença de 14 dos 18 deputados federais eleitos, além do Alberto Goldman, vice governador eleito com José Serra,também discutiu os rumos da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva.

“É importante que essa bancada do PSDB seja coesa. Tem que estar uniforme. Esse é um dos assuntos fundamentais a ser resolvido pelo partido até o início do próximo ano”, disse o deputado reeleito Julio Semeghini.

O grupo aprovou ainda a proposta feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de promover seminários e congressos para ajudar o PSDB a reencontrar o discurso sobre temas importantes e que estarão em pauta no Congresso, como a reforma tributária e a política. Essa foi a segunda reunião da bancada tucana paulista eleita e, segundo Semeghini, novas rodadas serão realizadas.

A discussão mais palpitante atualmente é a escolha do líder da bancada tucana. Mas isso não foi tratado na reunião, diz Semeghini. Por enquanto, não há consenso quanto ao indicado. A expectativa é de que o líder saia da bancada paulista.

Dois deputados disputam nos bastidores o posto: Sílvio Torres e Antonio Carlos Pannunzio. O primeiro é mais sintonizado com a ala do ex-governador Geraldo Alckmin e Pannunzio é a opção alinhada ao grupo do governador eleito José Serra.

Não está descartada, porém, uma terceira via, um nome de consenso que seja do agrado dos dois grupos tucanos, caso o partido perceba que a divisão em torno de Pannunzio e Sílvio Torres é definitiva.