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Parcelamento de dívidas com FGTS e INSS deve limpar nome da ETCD
Tathiana Barbar
e Evelize Pacheco
Do Diário do Grande ABC
19/12/2003 | 21:49
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O presidente da ETCD (Empresa de Transportes Coletivos de Diadema) Airton Germano afirmou que os projetos do Executivo de parcelamento das dívidas com o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) permitirão que a empresa volte a ter crédito na praça. “Não teremos mais o nome sujo, o que vem nos impedindo de comprar muitas coisas”, afirmou. O projeto foi aprovado nesta semana por todos os vereadores presentes à sessão com uma emenda modificativa, que acrescenta o nome da empresa no artigo 1º da lei.

Com a aprovação dos projetos, a perícia da Caixa vai verificar em quantas vezes a ETCD pode pagar a dívida, em cima da receita orçamentária da empresa, que gira em torno de R$ 1,3 milhão. A dívida com o FGTS está avaliada em R$ 10 milhões, mas, segundo Airton, ainda serão descontados os valores pagos pelas rescisões de contratos.

“A dívida com o FGTS é a mais preocupante. Ela é só nossa e o valor é muito alto. A Prefeitura só dá a garantia do FPM (Fundo de Participação do Município)”, afirmou, destacando que o projeto permitirá que ela seja paga em até 180 meses, ou seja, R$ 55 mil por mês. “O que aliviaria bastante e não prejudicaria ninguém”, afirmou, referindo-se ao salário dos funcionários.

Já a dívida com o INSS, que inclui a Prefeitura e a Câmara, está avaliada em R$ 67,202 milhões e poderá ser paga em até 240 meses. Desse total, R$ 33,636 milhões pertencem a ETCD, o que daria cerca de R$ 140 mil por mês.

Com o parcelamento das duas dívidas, a ETCD terá que pagar, por mês, R$ 195 mil, o que, por ano, daria R$ 1 milhão a mais que a receita da empresa. “É isso que a Caixa tem que avaliar”, ressaltou.

A empresa já foi autuada várias vezes pelo INSS e pelo FGTS. No entanto, segundo Airton, a situação já foi regularizada e isso não irá mais acontecer. Para 2004, a ETCD tem projetos que poderão aumentar a receita de R$ 1,3 milhão, entre eles o da bilhetagem eletrônica, que segundo Airton irá acabar com o comércio ilegal, e o do motor a gás, produzido por funcionários da própria ETCD.




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