Os empresários do transporte de carga iniciaram esta quinta-feira uma paralisação por tempo indeterminado, em protesto pelo aumento do preço do combustível, com concentração de caminhões em diversas estradas do país.

Nas portas de Buenos Aires, assim como nas grandes cidades, como Córdoba (713 km ao norte) e Rosário (312 km ao norte), foram instalados piquetes de caminhoneiros, "que não estão impedindo o trânsito normal de veículos", esclareceram diversas fontes policiais.

O dirigente do Sindicato Único de Fretistas, Hugo Espinoza, declarou esta quinta-feira à rádio La Red que a medida de força responde à busca de soluções para o setor de transporte, que sofre com o desabastecimento e com os grandes aumentos do preço do óleo diesel.

Espinoza pediu ao Governo que "assuma a responsabilidade e garanta o abastecimento das necessidades do país, exportando depois tudo o que os produtores petroleiros quiserem".

Esta medida de força precede uma paralisação de atividades de quatro horas dos coletivos da área metropolitana e de longa distância, prevista para esta sexta-feira por reivindicações semelhantes.

Na cidade de San Juan, capital da província do mesmo nome, esta quinta-feira continua pelo segundo dia consecutivo a greve de trabalhadores estatais com ocupação de repartições públicas para pressionar o pagamento de salários em atraso.

A sede do Governo da província, vários ministérios e a Legislatura local foram ocupados por servidores públicos, que também se manifestaram nas ruas, à espera de que os salários em atraso lhes sejam pagos.