Cultura & Lazer Titulo 'Biografia em primeira pessoa'
Os Trapalhões contam a própria história de sucesso

Rafael Spaca recria trajetória do quarteto de humoristas 100% por meio de depoimentos

Raphael Rocha
26/10/2023 | 07:00
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Fã e estudioso da história do principal quarteto de humoristas da TV brasileira, o jornalista Rafael Spaca está lançando Os Trapalhões – Modo de Ser, de Pensar e se Expressar (Editora Madrepérola, 747 páginas, R$ 200), um livro que reconta a trajetória do grupo 100% por meio de declarações de seus integrantes ou de personalidades que gravitaram em seu entorno.

A obra mistura a paixão do fã com o olhar atento do jornalista, resultando em narrativa que vai além dos palcos e dos estúdios. Ao se aprofundar nas perspectivas de cada trapalhão – Antonio Renato Aragão, o Didi; Manfried Santana, o Dedé; Antonio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum (1941-1994); e Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias (1934-1990) –, Rafael Spaca traz à tona as figuras que deixaram uma marca no imaginário coletivo brasileiro, mas também os desafios humanos e profissionais por trás das risadas.

Para obter a matéria-prima que recheia as quase 800 páginas do catatau, Spaca realizou verdadeiro trabalho de garimpo em revistas, jornais e programas de rádio e TV, especialmente das décadas de 1980 e 1990, auge da fama dos Trapalhões na TV e no cinema.

Os Trapalhões é definido pelo próprio autor como uma “biografia em primeira pessoa”, já que são os próprios integrantes do grupo que contam suas histórias, muito antes de começar a fazer sucesso na TV – em 1966, na TV Excelsior de São Paulo, com o nome de Os Adoráveis Trapalhões.

“Para sorte desta pesquisa, o quarteto teve uma ampla cobertura na imprensa, possibilitando assim a publicação deste livro, que é escrito por eles, o que é muito mais legal. Meu trabalho foi garimpar, organizar e contextualizar cada declaração”, revelou Spaca.

A riqueza da pesquisa revela facetas e passagens desconhecidas do grande público. Como a de que Didi, então um jovem estudante de Direito de Fortaleza, foi selecionado para defender o meio-campo do time de futebol do Gentilândia. “Fazia faculdade e trabalhava em um banco e não tive como me tornar profissional”, contou o trapalhão ao Canal da Lívia Aragão no YouTube, em entrevista recuperada no livro.

A obra termina com uma entrevista do icônico diretor da Globo, emissora que consagrou os Trapalhões, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. “Percebi desde cedo que o Renato era um desses gênios de humor que raramente aparecem. Um gênio”, respondeu o executivo ao ser questionado por Spaca sobre as razões do sucesso do grupo.




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