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Deputada cobra esclarecimentos sobre caso de racismo em S.Caetano

Parlamentar Erika Hilton enviou ofício às secretarias de educação do Estado e do município sobre episódio em escola da rede

Thainá Lana
05/10/2023 | 17:46
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André Henriques/DGABC


A deputada federal Erika Hilton (Psol) enviou ontem um ofício à secretaria estadual de Educação de São Paulo e à secretaria municipal de São Caetano solicitando esclarecimentos, em até 15 dias,  sobre o caso de racismo na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental)  Ângelo Raphael Pellegrino, localizada no Bairro Mauá. 

O caso teria acontecido na sexta-feira (29) contra um estudante negro de 12 anos. Um estudante mais velho teria associado a vítima a uma pessoa oriunda do continente africano. “Nossa, Matheus, está comendo? Você nem parece africano”, teria dito um garoto do 9° ano para a vítima. Os pais do jovem realizaram BO (Boletim de Ocorrência) sobre e a polícia civil deve investigar a ocorrência. Conforme relatam os pais, este seria o quarto caso de racismo sofrido pelo estudante na Ângelo Raphael Pellegrino. Leia mais aqui

No documento, a parlamentar solicita informações sobre quais medidas de combate ao racismo e acolhimento às vítimas têm sido realizadas pela escola, e quais ações serão promovidas após a denúncia. E que seja instituído um protocolo de denúncia ao racismo, injúria e discriminação étnico-racial na Ouvidoria Secretaria Municipal de Educação de São Caetano.

A deputada também pede que sejam realizadas atividades de combate ao racismo e educação em direitos humanos em toda rede municipal. “Não aceitaremos também que as instituições de ensino e a administração pública fiquem inertes enquanto há ataques como esses ocorrendo num espaço de convivência pedagógica, social e de proteção às crianças”, disse Erika em publicação em uma rede social. 

Segundo a Secretaria da Educação do Estado, a pasta não possui nenhuma responsabilidade pelo caso porque ocorreu em uma unidade municipal. Na manhã desta quinta-feira foi realizada uma reunião com representantes da Prefeitura,  familiares da vítima, Conescs (Conselho Municipal da Comunidade Negra de São Caetano do Sul) e o Grupo Decolonial do Cecape. 

Procurado, o Conescs não respondeu os questionamentos sobre a reunião. Questionada, a Prefeitura de São Caetano não se pronunciou sobre o caso de racismo na unidade escolar. 




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