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Farc possuem arsenal com mísseis, diz Exército colombiano
Das Agências
14/01/2002 | 19:30
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As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) contam com mais de 16.500 efetivos e um poderoso arsenal de guerra que inclui potentes bombas e mísseis terra-ar, segundo informações de militares que a guerrilha nunca desmentiu.

Os combatentes das Farc estão distribuídos por 31 dos 32 departamentos do país, com a única exceção do caribenho arquipélago de San Andrés e Providencia, segundo o alto comando rebelde.

Segundo um documento da inteligência militar, as Farc contam com 33 mil armas, entre fuzis Kalashnikov, AK-47, R-15, FAL e G-3 e metralhadoras MAK y UZI. As armas foram enviadas de contrabando por ar, mar e terra de países da América Central, dos EUA, Brasil, Equador, Peru, Suriname, Venezuela, Europa e Oriente Médio, segundo as autoridades colombianas.

Não foi esclarecida a quantidade dessas armas na zona desmilitarizada de 42 mil km² do Sul do país, tão extensa quanto a Suíça e duas vezes maior que El Salvador. As Farc controlam a região desde 7 de novembro de 1999.

O semanário Cambio, dirigido pelo colombiano Gabriel García Márquez, afirmou em outubro passado, sem que tenha sido desmentido, que satélites americanos detectaram pelo menos quatro mísseis terra-ar Sam-16 de origem soviética e fábricas de armas leves na zona desmilitarizada.

Esses mísseis, cujo custo por unidade é de US$ 65 mil no mercado paralelo, e é comparado com o americano Stinger, têm um alcance de 12 quilômetros e capacidade de rastrear o alvo por calor, segundo a revista.

As Farc também têm na região desmilitarizada e outras áreas da Colômbia pistas de pouso de aviões e heliportos, e teme-se que no futuro mobilizem armas e efetivos em pelo menos dois helicópteros que roubaram nos últimos dois anos.

Além disso, o grupo rebelde desenvolveu nos últimos quatro anos uma arma não-convencional, que as autoridades consideram como letal contra os civis e efetivos da força pública: os cilindros de gás doméstico repletos de explosivos, que são lançados como foguetes contra objetivos estatais e privados.

O exército denunciou ainda que as Farc são responsáveis por 52% das mais de 100 mil minas terrestres colocadas na última década no país, e que muitos desses artefatos estão na zona desmilitarizada e nos corredores de selva que levam ao Brasil, Equador, Peru e Oceano Pacífico.




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