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Jaguar confirma piloto brasileiro em 2001
Flavio Gomes
De Monza, para o Diário
07/09/2000 | 20:47
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  Nao era propriamente um segredo, já que a informaçao vazou há cerca de duas semanas em Spa. De qualquer forma, a Jaguar acabou anunciando nesta quinta mesmo em Monza o que todo mundo já sabia: Luciano Burti será o companheiro de Eddie Irvine no ano que vem. O piloto paulista, 25 anos, assinou por uma temporada e vai substituir Johnny Herbert, que pretende correr na Fórmula Mundial.

Burti já é piloto de testes da Jaguar e disputou uma corrida neste ano, na Austria, no lugar de Irvine, que estava doente. Nao decepcionou. Levou o carro até o final, sem cometer erros, e terminou em 11º. "Foi um alívio", disse o piloto. "As negociaçoes foram longas e difíceis. Mas felizmente tudo deu certo."

Luciano é o segundo brasileiro confirmado para 2001 - o outro é Rubens Barrichello, seu amigo pessoal, na Ferrari. Ricardo Zonta disse que tem um convite da McLaren para ser piloto de testes e Pedro Paulo Diniz conversa com Sauber e Prost.

Burti começou a carreira tarde, para os padroes brasileiro: no kart. Luciano tinha 16 anos quando deu os primeiros passos nas pistas, em 1991. Seu primeiro título no kart veio em 1994, no Sul-Americano. No ano seguinte, foi campeao paulista.

Sem correr de carros no Brasil, Burti foi para a Inglaterra em 1996 e terminou em terceiro na F-Vauxhall Jr, com quatro vitórias. Em 1997, conquistou o título inglês de F-Vauxhall pela Paul Stewart, com mais quatro vitórias e cinco poles. No ano seguinte, já na F-3 Inglesa, foi terceiro colocado no campeonato com duas vitórias e três poles.

Em 1999, com um empurraozinho de Barrichello, passou a fazer alguns testes pela Stewart, equipe que deu origem à Jaguar. Terminou o Inglês de F-3 em segundo lugar, com cinco vitórias e 14 pódios em 16 corridas e assinou como piloto de testes. 

Hakkinen - Talvez nem todos se lembrem do vencedor de Monza no ano passado. Foi Heinz-Harald Frentzen, da Jordan, um verdadeiro azarao num momento do campeonato em que Ferrari e McLaren lutavam pelo título e discutia-se apaixonadamente na Itália a demora para a volta de Michael Schumacher, de molho recuperando-se das fraturas sofridas num acidente em Silverstone, dois meses antes.

Mas a maioria, certamente, se lembra da imagem mais forte do GP da Itália de 1999: Mika Hakkinen agachado ao lado da pista, no meio do mato, chorando por um erro bobo, engatar a primeira marcha em vez da segunda na Variante Goodyear, o que fez seu carro rodar e tocar de leve na barreira de pneus.

Ele liderava a corrida e iria vencer com um pé nas costas. Complicou a conquista de um título que só viria na última prova do ano, em Suzuka. "Neste ano, quero chorar é de alegria em Monza", disse Hakkinen nesta quinta.




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