Na quinta-feira, Miriam foi a Brasília para participar da primeira reunião com a equipe. O coordenador dos trabalhos é o prefeito licenciado de Ribeirão Preto, Antonio Palocci (PT).

Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André, o substituto de Miriam na Secretaria será Ricardo Beltrão, que hoje é secretário-adjunto de Inclusão Social e Habitação.

Em nota oficial divulgada pelo governo do prefeito João Avamileno (PT), a Prefeitura diz que sente orgulho da indicação de Miriam, mas afirma que ela retornará às suas funções no município após terminar os trabalhos da equipe de transição. “O governo municipal expressa que é motivo de orgulho para Santo André a indicação de uma representante de seus quadros técnicos para contribuir neste processo inicial de construção de um novo Brasil”, diz a nota.

Miriam atuou na gestão passada do prefeito Celso Daniel (PT), assassinado em janeiro, como secretária de Administração (1997-2000). O programa de Modernização Administrativa rendeu prêmios. Na primeira gestão de Celso (1989-1992), Miriam trabalhou no setor de planejamento estratégico.

Casada, a secretária de 43 anos tem um filho. Ela também foi casada com Celso Daniel. Filiada ao PT de Santo André desde a fundação, Miriam é engenheira, consultora de planejamento estratégico e reforma administrativa.

Integrante – Outra petista que vai integrar a equipe de transição e que também atuou na Prefeitura de Santo André de 1997 a 2001 é Matilde Ribeiro, que é moradora do município. Matilde foi coordenadora da assessoria dos direitos da mulher na cidade e hoje atua na ONG (organização não governamental) CEERP (Centro de Estudos sobre Trabalho e Desigualdades)

Ela afirmou que já participou na terça-feira passada de uma reunião com a equipe de transição e a sua tarefa, a partir de agora, é fazer um diagnóstico sobre as ações do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no combate ao racismo. Ela disse que foi indicada a integrar a equipe de transição de Lula pela Secretaria de Combate ao Racismo do PT.

Ela acrescentou que a indicação foi uma surpresa. “Foram indicadas 51 pessoas do Brasil inteiro e existiam muitos nomes cotados”, afirmou. “Meu vínculo forte com a questão racial e o fato de eu ter trabalhado na Prefeitura de Santo André foram elementos importantes para a indicação”, completou. Matilde, 42 anos, é solteira, assistente social e mestre em psicologia social.