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Malibu faz sua 1ª vítima
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
14/07/2010 | 07:16
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Preocupada em preencher a lacuna existente entre os modelos Vectra e Omega, a Chevrolet passa a oferecer a partir deste mês o sedã de luxo Malibu. Importado dos Estados Unidos, onde é comercializado desde 1964, o modelo arrancou elogios dos jornalistas especializados por reunir atributos indispensáveis para veículo de tal estirpe, como conforto acima da média, espaço interno de sobra e bom desempenho.

No entanto, para colocar todos os elogios recebidos à prova, resolvemos posicioná-lo frente a frente a um dos seus rivais mais importantes por aqui, o Honda Accord - três volumes importado do Japão que consegue colocar o consumidor (aquele executivo de alto nível, exigente e preocupado com o status) em dúvida na hora da compra.

Logo de cara, o Malibu mostra que é competitivo. Disponível apenas na versão LTZ, o Chevrolet parte de R$ 89,9 mil. Quase R$ 10 mil menos que a configuração EX do Honda (R$ 99,8 mil) avaliado pelo Diário.

A superioridade do norte-americano sobre o japonês não fica nas cifras. O recheio também é maior. O Accord, é preciso destacar, tem nível de equipamentos satisfatório - direção com assistência elétrica, air bag duplo, ar-condicionado de duas zonas, controlador de velocidade, rádio CD player com MP3, bancos revestidos em couro, entre outros. O Malibu, porém, entrega mimos extras, como seis air bags (frontais, laterais e tipo cortina), rodas de liga leve de 18 polegadas - no Honda elas são de 16 polegadas - e faróis de neblina.

O acabamento de ambos denota requinte. Plástico duro, emborrachado e couro se misturam. Mas enquanto o representante nipônico tem detalhes em plástico cinza, o americano tem em cromados e madeira - diferença que cabe ao consumidor decidir qual lhe agrada mais.

Espaço também é necessário. E quanto mais, melhor. Neste ponto, o Honda renasce para a disputa por ser maior, mais largo e mais alto - além de ter o porta-malas maior. No entanto, a distância entre os eixos do Malibu é 5 centímetros maior.

No quesito desempenho, a disputa ganha em equilíbrio. O Chevrolet traz motor 2.5 16V a gasolina de 171 cv e torque de 22,1 mkgf, ideal para carregar seus 1.582 quilos. A transmissão automática de seis velocidades, com opção de trocas no volante por meio das borboletas, está em sintonia com o propulsor. A suspensão surpreende. É rígida - não molenga, como esperado por se tratar de um legítimo american car - , mas confortável.

O Honda, por sua vez, traz bloco 2.0 16V também a gasolina de 156 cv e torque de 19,3 mkgf. Por ser quase 100 quilos mais leve e oferecer acerto de suspensão mais rígido, a dirigibilidade do Accord agrada mais aos que buscam uma tocada mais arrojada. É gostoso acelerá-lo. O câmbio automático de cinco velocidades agrada, mas peca por não possibilitar mudanças manuais.

Veredicto - A briga foi boa, mas por apresentar menor preço, melhor lista de equipamentos e espaço equivalente ao concorrente, o Malibu saiu vencedor. O Honda Accord tem inúmeras qualidades - especialmente espaço e desempenho - , mas seu valor inicial pode assustar o consumidor. Ponto para a Chevrolet.




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