Procedimento de substituição de ombro com navegação pelo sistema foi o primeiro na região; método garante maior durabilidade da prótese
Pela primeira vez, uma cirurgia de substituição de ombro com auxílio de GPS foi realizada no Grande ABC. O procedimento ocorreu em junho deste ano, no Hospital IFOR, em São Bernardo, em um paciente de 64 anos diagnosticado com artrose secundária grave no ombro direito.
A utilização da ferramenta de navegação durante a operação fornece orientação em tempo real à equipe médica, minimiza a margem de erro do procedimento, e aumenta a precisão da colocação da prótese no local, conforme explica o hospital.
“Com isso a qualidade de vida do paciente no pós-operatório é bem melhor e a durabilidade da prótese é maior”, explica o ortopedista responsável pela cirurgia, Thiago Bernardo, complementando que a substituição de ombro é indicada quando a articulação do paciente se torna insuficiente, como diagnósticos de artrose avançada ou uma fratura que não é remontada.
Segundo o hospital, a artrose do ombro afeta uma em cada três pessoas com mais de 60 anos,
“A artroplastia é uma cirurgia que já vem sendo praticada há pelo menos 20 anos. Com o avanço da tecnologia, tem melhorado os materiais utilizados e os resultados também. Com essa técnica do GPS foi a primeira vez na região, e uma das primeiras do País”, destaca Bernardo, que é cirurgião de ombro e cotovelo.
Além do idoso, outro paciente realizou o mesmo procedimento no Hospital IFOR. De acordo com o médico, os dois apresentam boa recuperação.
Além da ferramenta de navegação, para o procedimento médico foi utilizado um programa que permite a visualização do ombro do paciente em 3D antes da cirurgia.
“A vantagem é a preparação da cirurgia deste paciente no computador. Os exames são espelhados e esse programa recria em computação gráfica o ombro da pessoa, e com isso é possível escolher o implante e a posição que se adapte melhor na anatomia de cada paciente.
Todo planejamento digital é inserido na máquina de GPS, e o sistema guia toda a cirurgia”, complementa Bernardo.
RECUPERAÇÃO
Ronaldo Silva de Goes, primeiro paciente a realizar a operação com a tecnologia no Grande ABC, diz que não sente mais dores no ombro como antes da operação.
“Minha vida mudou bastante nesses três meses. Continuo em recuperação, estou fazendo fisioterapia, mas as dores diminuíram muito”, pontua o paciente.
As dores que o idoso se refere são ocasionadas pela artrose, degeneração e desgaste da cartilagem, tornando os movimentos dolorosos. Em um ombro saudável, esses ossos são cobertos por cartilagem, o que permite movimentos indolores como levantar, empurrar e puxar.
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