Os trabalhadores do ramo de panificação do Grande ABC terão reajuste nos salários de 7,8% a partir do próximo mês. A proposta foi aprovada ontem em assembléia da categoria, que concluiu a campanha salarial de 2008.

Com esse aumento, os padeiros da região - classe com cerca de 12 mil pessoas - irão recuperar as perdas com a inflação no último ano e ainda obter 1,5% de ganho real, segundo a previsão do presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Paulo Pereira.

Apesar da categoria reivindicar elevação nos rendimentos de 5% acima da inflação no início da campanha, Pereira acredita que o resultado final da campanha é positivo. "Conseguimos um índice bom dentro do histórico da categoria e até em relação as outras classes que já fecharam acordos no início deste ano."

A convenção coletiva ainda prevê que os pisos da categoria serão reajustados de R$ 604,10 para R$ 651 (empresas com até 60 trabalhadores) e de R$ 653 para R$ 704 (61 empregados ou mais).

Ainda nas cláusulas econômicas, o dirigente explica que o reajuste aplicado nos salários será o mesmo que corrigirá o valor dos abonos.

Para os estabelecimentos com até 15 trabalhadores, o valor é de R$ 87 por empregado. Para os que contratam entre 16 e 40 pessoas, o pagamento é de R$ 162. E para os que empregam mais de 41, o benefício é de R$ 216.

Os padeiros da região ainda conquistaram redução no percentual repassado aos trabalhadores no caso dos planos de saúde. As empresas com até 30 empregados elevarão o custeio do seguro de 35% para 45% e as com 31 ou mais contratados subirão de 50% para 55%.

"Nós também conseguimos que o Dia do Padeiro - 13 de junho - fosse reconhecido pelo setor patronal. Com isso, nesse dia, cada empregado do setor de panificação deve ganhar uma cesta básica como forma de gratificação pelo seu dia e sua contribuição profissional", conta Pereira.