Economia Titulo
Governo se compromete a ampliar apoio à inovação
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
24/10/2009 | 07:00
Compartilhar notícia
Fernando Dantas/DGABC


O governo federal vai montar grupo executivo, com a participação de representantes do empresariado, com o objetivo de melhorar os instrumentos de apoio à inovação para ajudar as empresas a ampliar investimentos em P&D (pesquisa e desenvolvimento) no País.

A informação foi dada pelo presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Armando Monteiro Neto, que esteve à frente de comitiva de líderes empresariais recebida ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A intenção foi estabelecer aliança com o poder público para fortalecer ações das entidades privadas, com a meta de, em quatro anos, de duplicar o número de empresas brasileiras que investem em P&D. Hoje são 30 mil companhias. Industriais e o governo concordaram com esse objetivo.

Segundo o gerente de políticas industriais da confederação, Paulo Mol, o presidente Lula recebeu muito bem a iniciativa e se comprometeu em designar integrantes de ministérios para discutir a formulação de novas políticas públicas que incentivem a inovação.

Presente à audiência, o diretor de assuntos governamentais da Ford, Rogelio Golfarb, relatou que, apesar de o brasileiro ter muita criatividade, em países desenvolvidos a inovação é tratada de forma institucionalizada, como ferramenta para o crescimento econômico. Ele observa que, se na década de 1970, um modelo de carro podia ficar mais de dez anos sem modificações, hoje a cada três anos há renovações e surgem novas plataformas. "A inovação é atualmente condição para fazer sucesso", assinala.

ORIGEM - Mol cita que, há um ano, a CNI lançou a MEI (Mobilização Empresarial para a Inovação), que estabelecia a necessidade de maior dedicação do empresariado brasileiro ao desenvolvimento tecnológico. Ele considera que falta mais atenção das indústrias para a questão, que não é vista como prioridade no País. "O crescimento da economia está ligado à inovação", avalia.

Depois, em agosto deste ano, a entidade traçou, em conjunto com outras associações empresariais, programa para disseminar a cultura inovadora e engajar as pequenas e médias empresas nesse processo. Isso envolve planos de montar núcleos de inovação nos Estados e por setores.

Por segmentos, a confederação já conta com a parceria da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), da Abinee (Associação Brasileira da Indústria de Elétrica e Eletrônica), da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene, Perfumaria e Cosméticos).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;