Além do delegado que cuida da investigação, Maurício Sponton Rasi, a CPI pretende colher o depoimento do promotor Cássio Roberto Conserino, da juíza Sueli Juarez Alonso, da presidente do Conselho Tutelar da cidade, Neuza de Jesus Silva, do advogado das vítimas, Laércio José Loureiro, e do presidente interino da Câmara, Gilson Strozzi (PT). Segundo a senadora, não está descartado ouvir os depoimentos das vítimas e suas famílias.
Das 21 pessoas suspeitas de envolvimento no crime, nove estão presas na Cadeia de Descalvado - cinco vereadores e quatro empresários - sendo que outros três vereadores acusados de participação na exploração sexual das meninas tiveram suas prisões preventivas decretadas, mas continuam foragidos.
Segundo as denúncias, os empresários e vereadores promovem há mais de três anos festas regadas a drogas, bebidas e com o abuso sexual de adolescentes em ranchos na cidade. A denúncia surgiu após o pai de uma das supostas meninas aliciadas ter encontrado fotografias de uma dessas festa, com 15 meninas menores de idade. Ao ser pressionada pelo pai, a menor relatou que recebia R$ 50 por cada serviço e que elas e as amigas eram abordadas na porta da escola.
Além da investigação em Porto Ferreira, a CPI estuda outros 15 casos nas cinco regiões do país, que além de abuso sexual tratam de tráfico de meninas, pedofilia, exposições de imagens de garotas na Internet e turismo sexual.
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