"Ainda há 3,5 milhoes de pessoas que precisam de uma primeira linha ou querem realmente uma segunda linha no Estado de Sao Paulo", afirmou o presidente da administraçao unificada da Vésper-SP e da Vésper S/A, Virgílio Freire. Uma pesquisa realizada pela operadora mostra que a mesma projeçao vale para a área de atuaçao da Vésper S/A, que sao 16 Estados do Norte e Nordeste, Rio e Espírito Santo.

Freire quer aumentar a velocidade de instalaçao de linhas residenciais e partir para novos desafios, como o de avançar sobre o mercado corporativo. "O ponto de maturidade de uma empresa é quando ela atende tanto o cliente residencial quanto o corporativo, quando ela provê voz e também dados", afirmou Freire.

Para atingir o primeiro objetivo, de colocar em funcionamento mais telefones em menos tempo, a Vésper lançou um novo produto em que o instalador é o usuário. O Vésper Express custa os mesmos R$ 99 divididos em três vezes da linha normal, mas dispensa a visita de um técnico da empresa. É ativado pelo usuário com uma série de comandos nas teclas e, se for necessário, com a ajuda das atendentes do call center da Vésper.

Nos cálculos de Freire, essa nova soluçao nao vai apenas acabar com a espera pela instalaçao, que tem sido de até duas semanas na maioria dos casos, mas vai também reduzir o custo da linha entre 5% e 7%. "Há 15 dias estávamos no limite da capacidade de atendimento", reconheceu Freire, que pretende contratar mais dois mil funcionários até o final do ano.

Os reforços serao indispensáveis para a Vésper alcançar o segundo objetivo, de olho na comunicaçao de dados. "Este ano vamos investir fortemente em dados, por motivos óbvios", disse. "Uma linha corporativa gera 10 vezes mais tráfego do que uma residencial", esclareceu.

No Rio, a Vésper S/A está oferecendo desde o início de março linhas corporativas para a área central da cidade, mas passará a vender também soluçoes tipo one-stop-shop, em que fornece até os terminais de PABX, por exemplo.

Esse é o projeto para atender áreas de negócios nobres de Sao Paulo, como as Avenidas Paulista e Luiz Carlos Berrini, e Belo Horizonte, a partir de agosto. Para isso, a Vésper já fechou parcerias de uso de redes de fibras óticas em Sao Paulo com a Eletropaulo e com um consórcio composto pela Pegasus, MetroRede e EngeRede. "Tem gente que está atendida, mas nao está satisfeita" afirmou Freire. "Querem ter uma segunda opçao", disse.

Um dos primeiros clientes corporativos da Vésper em Sao Paulo será um grande banco, que Freire nao quis identificar. A Vésper atenderá centenas de agências dessa instituiçao nos 17 Estados onde atua. Mas o restante das agências ficará com a concorrência.

"O que o mercado está querendo é uma alternativa, nao exclusividade", declarou o presidente da Vésper. O mesmo vale para o mercado de Internet. Segundo Freire, a operadora já fornece três mil linhas para um grande provedor de acesso na capital paulista. "Uma linha de provedor gera 20 vezes mais tráfego do que um telefone residencial", esclareceu.

A partir do segundo semestre, a Vésper pretende oferecer também na capital paulista telefones fixos por fibra ótica - nao os sem-fio - como já faz na Barra da Tijuca, no Rio. Os primeiros bairros atendidos devem ser Morumbi e Alto de Pinheiros. Esse sistema vai permitir acesso à Internet à velocidade de até 144 Kilobits por segundo.