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Menem é solidário ao Brasil, mas produtores pedem medidas compensatórias
Do Diário do Grande ABC
04/02/1999 | 13:43
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Durante um encontro mantido com funcionários de seu governo, o presidente argentino Carlos Menem ratificou sua solidariedade ``em todos os sentidos' em relaçao ao Brasil diante da atual crise financeira, divulgou nesta quinta-feira a agência de notícias Télam.

Menem reiterou o total apoio da Argentina ao Brasil em reuniao realizada na noite desta quarta na residencial presidencial de Olivos, com a participaçao do chanceler Guido Di Tella, do ministro da Economia, Roque Fernández, e o secretário geral da presidência, Alberto Kohan, entre outros funcionários.

Por sua vez, o secretário das Relaçoes Econômicas Internacionais, Jorge Campbell, anunciou nesta quinta que o governo argentino nao tomará no momento qualquer medida em relaçao ao problema do Brasil.

Falando à rádio América, Campbell afirmou que a Argentina ``já tomou várias medidas de teor tarifário e financeiro' para descartar os rumores sobre as cotas em relaçao às importaçoes brasileiras.

Por sua vez, produtores agropecuários e representantes da indústria agroalimentícia, reunidos na Confederaçoes Rurais Argentinas, advertiram que, se o Brasil nao eliminar os subsídios às exportaçoes, a Argentina deveria fixar tarifas compensatórias para os produtos provenientes desse país.

``Houve acordo em defender o Mercosul e para conservar suas políticas comerciais entre os sócios e fixar posiçoes ante terceiros países', disse o presidente da CRA, Marcelo Muniagurria, ao final de um encontro realizado na véspera para avaliar os efeitos da crise brasileira sobre a produçao argentina.

Por sua parte, Luis Bameule, vice-presidente da Copal (Coordenadoria de Produtores Alimentícios), indicou, no entanto, que ``o principal problema nao é o Brasil e sim a perda de competitividade das exportaçoes argentinas'. ``Enquanto mantemos superávit em nosso intercâmbio com o Brasil, temos déficit na balança comercial geral', explicou o dirigente, recordando que muitos os mercados importantes estao fechados para os produtos argentinos, como o da Asia e dos Estados Unidos. ``Apesar de confiarmos na política do governo, achamos que é preciso atuar com mais energia para obter reciprocidade para a abertura de nosso comércio exterior', acrescentou.




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