Uma liminar concedida nesta quinta-feira pelo TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo suspendeu a exoneração do promotor Thales Ferri Schoedl. Ele é acusado de matar um jovem e ferir outro a tiros na saída de uma festa em Bertioga, no litoral paulista, em dezembro de 2004.

Thales havia sido exonerado pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores do Ministério Público em agosto passado. Com isso, ele perdia o direito a foro e poderia ser submetido a júri popular em Bertioga. Agora, o caso será apreciado em fórum especial do Tribunal de Justiça.

Em nota, o procurador geral de Justiça Rodrigo Pinho informou que será apreciada a possibilidade de recurso contra a decisão do TJ-SP pelo Ministério Público. Segundo Pinheiro, "os órgãos da administração superior do Ministério Público já decidiram que o senhor Thales Ferre Schoedel não atende às condições exigidas para exercer  o cargo de promotor de Justiça".

No dia 30 de dezembro, o promotor matou o jogador de basquete Diego Mendes, 20 anos, e feriu Felipe Siqueira da Cunha, 20, durante um luau na Riviera de São Lourenço. Ele teria discutido com os jovens depois que os dois fizeram brincadeiras com sua namorada, o que Felipe negou. O promotor alegou legítima defesa para justificar o assassinato.