O embaixador da Dinamarca em Damasco e alguns de seus assistentes deixaram provisoriamente a Síria, pois as autoridades deste país reduziram sua proteção a um nível baixo inaceitável, anunciou nesta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores dinamarquês. A embaixada da Alemanha em Damasco fica até nova ordem encarregada dos interesses consulares da Dinamarca na Síria, destaca o ministério em um comunicado.

A Dinamarca e a Síria mantêm relações tensas desde que no sábado passado um grupo de manifestantes, enfurecidos com a publicação de caricatura de Maomé em um jornal dinamarquês, saquearam a embaixada do país europeu em Damasco.

O chefe da diplomacia dinamarquesa, Per Stig Moeller, considerou na quarta-feira passada que o ataque à representação do país não estava motivado unicamente pela publicação das caricaturas, mas que buscava na verdade intimidar a Dinamarca, que é membro não-permanente do Conselho e Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). "A Síria é acusada, em uma investigação em curso, de estar envolvida com o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri. Quem sabe não seja uma boa idéia assustar um pouco a Dinamarca", declarou o ministro.