"Ele era um homem de bem", dizia Israel Goldstein sobre seu filho, enquanto um trator desmanchava o local onde as pessoas acendiam velas e colocavam livros religiosos.
Perto do túmulo, em um parque nos arredores do assentamento de Kiryat Arba, dezenas de colonos entravam em choque com soldados israelenses. Alguns colonos ameaçavam vingar-se profanando o túmulo do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado por um judeu ultranacionalista em 1995 por ter cedido terras aos palestinos.
Baruch Goldstein, um imigrante oriundo de Nova York, era médico em Kiryat Arba, povoado de 6.000 habitantes nos arredores de Hebron. Em fevereiro de 1994, Goldstein entrou na mesquita do Túmulo dos Patriarcas, lugar sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus e disparou contra os fiéis ajoelhados, matando 29. Goldstein foi espancado até a morte pela multidao enfurecida.
O túmulo de Goldstein em Kiryat Arba se transformou em um centro de peregrinaçao de judeus extremistas, que ergueram um pequeno monumento fúnebre, onde eram colocadas oferendas e flores.
A Suprema Corte israelense confirmou a decisao do Exército de demolir o monumento considerando que permitir sua existência implicaria uma aprovaçao do massacre cometido por Goldstein.
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