A reportagem percorreu 38 quilômetros de vias nesta semana e encontrou dezenas de situações irregulares envolvendo sinalização. Todas praticadas por moradores ou comerciantes, sem aval da Prefeitura.
O bloqueio de vagas em pontos onde não há Zona Azul é a situação mais comum.
Na Rua Doutor Albuquerque Lins, na região central, já existe até um "esquema" para reservar vagas. Toda vez que um morador tem de deixar o carro na rua, o condomínio aciona, por rádio, o vigia da redondeza. Ele desloca um cavalete de madeira da calçada para a via e pronto: "É só por uns cinco minutos", disse o vigilante, pago por três prédios situados perto da esquina com a Alameda Barros.
Perto dali, o residencial onde trabalha o zelador Espedito Melo, de 37 anos, também usa esse recurso. Um cavalete amarelo é colocado na rua para auxiliar os condôminos.
"Usamos quando há mudanças. Sem ele, não tem como dar espaço para o caminhão", disse. Em casos assim, a CET autoriza a ocupação provisória da rua. Porém, na quarta-feira, o obstáculo estava no asfalto sem haver qualquer mudança.
A reportagem encontrou cones, bloco de concreto, caixas de tinta com cimento e até duas mesas sendo usadas para reserva de vagas. O engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Universidade de São Paulo (USP), explica que é perigoso pôr qualquer equipamento no meio pista. "O objeto muitas vezes não é visível, ou seja, não é adequado para ficar ali." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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