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Charmosos recantos compõem a Alemanha
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
06/08/2003 | 18:48
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Na família composta pelos países membros da União Européia, a Alemanha sempre fez o papel daquela irmã mais velha, rígida e austera, procurada por quem está em viagem de negócios ou fazendo um tour por três ou quatro nações do continente. Nesse último caso, a preferência geralmente recai sobre os destinos mais tradicionais, como Berlim, Frankfurt e Munique, que serve de palco para a mundialmente famosa Oktoberfest durante o mês de outubro. O que pouca gente sabe é que, por trás da pose de governanta firme e exigente, esconde-se uma personalidade com facetas muito mais descontraídas e afáveis do que poderia um dia sonhar a germânica filosofia kantiana.

De norte a sul do país, pequenas cidades e vilarejos mais afastados dos grandes centros metropolitanos guardam recantos encantadores, pouco conhecidos pela maior parte dos viajantes, e que começam a despontar para o turismo como ótimas opções para os amantes de esportes radicais, arquitetura medieval, história e eventos culturais. E o que é melhor: as possibilidades de lazer e diversão nessas pequenas cidades são tão variadas quanto os meios de transporte que levam a elas. Além das impecáveis estradas e ferrovias, pode-se descobrir esses tesouros do interior alemão em roteiros de bicicleta, balão, barco e até em nostálgicos zepelins adaptados da década de 30 com tecnologia moderna.

Para ciclistas, por exemplo, o Centro de Turismo Alemão desenvolveu uma publicação que indica as melhores regiões para se percorrer de bike e ainda orienta o turista quanto aos equipamentos, modelos ideais de bicicleta e sistemas de transporte específicos para bagagens dessa natureza.

Aos que preferem eventos culturais, as mais de 100 cidadelas que compõem o novo roteiro também proporcionam a espantosa soma de 4,3 mil museus, 8,8 mil exposições, 1,8 mil espetáculos e festivais, 220 parques temáticos e cerca de 10 mil festas populares por ano.

E os aficionados por arquitetura, por sua vez, encontram conjuntos de construções das mais variadas épocas e estilos, como os monumentos romanos do município de Xanten, a oeste; os vilarejos barrocos de Fulda e os prédios modernos da urbana Baden-Baden e da universitária Tübingen.

A única dificuldade diante das tantas opções dessa centena de cidades é saber por onde começar. O jeito é guiar-se pela intuição ou seguir as dicas que os próprios alemães podem dar pelo caminho. A propósito, esqueça aquela preocupação que quase todo turista tem em relação à língua: embora o alemão seja cheio de palavras praticamente impronunciáveis na opinião da grande maioria dos brasileiros, o inglês é tido como segundo idioma do país, e muitos alemães também falam o espanhol. Basta livrar-se do velho preconceito de que todo alemão é frio e carrancudo, tomar coragem e perguntar para o primeiro loirinho simpático que passar pela sua frente. Afinal, assim como a própria “governanta” Alemanha, o povo germânico pode até parecer bravo e austero à primeira vista, mas esconde uma centena de encantos no interior.




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