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Agência do INSS em São Bernardo adere à greve dos servidores
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
Com AE
23/04/2004 | 23:14
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Assembléia realizada pelo Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores na Previdência Social no Estado de São Paulo) com os funcionários da agência do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) de São Bernardo, nesta sexta-feira à tarde, aprovou a paralisação dessa unidade a partir de segunda-feira. A unidade, que atendeu ao público normalmente nesta sexta-feira, é mais uma adesão ao movimento grevista.

Em São Caetano, o atendimento havia sido interrompido nesta sexta-feira, e em Ribeirão Pires, na quinta-feira, por conta da mobilização. Nesses locais, de acordo com o INSS, há apenas atendimento a perícias médicas já marcadas, e em Ribeirão há também o desbloqueio de pagamentos de benefícios.

Os empregados do posto de Diadema terão assembléia na segunda, às 13h30, e também podem se unir à greve. As agências de Santo André e Mauá mantinham funcionamento normal nesta sexta-feira. Em Santo André, parte dos funcionários já decidiu que vai parar na segunda-feira, segundo o sindicato, e haverá assembléia na quarta-feira, às 13h30, e em Mauá ainda não há data marcada.

O movimento grevista já contabiliza no interior do Estado de São Paulo 40 cidades com atendimento interrompido e 18,18% das agências paradas. Na capital paulista esse porcentual de paralisação, segundo o INSS, chega a 59,25%, ou seja, 15 postos do total de 27 existentes. No Estado, a categoria reúne 7,9 mil servidores na ativa e 6 mil inativos e, em todo o país, são cerca de 45 mil empregados e 35 mil aposentados. Na terça-feira, às 10h, haverá assembléia estadual, em frente da Câmara Municipal de São Paulo.

Os servidores pedem o reajuste salarial emergencial de 50,19%, o cumprimento, pelo governo, de um plano de carreira proposto por eles e a criação de um piso salarial. O governo, por seu lado, só admite rever alguns pontos relativos ao plano de carreira: reabrir o prazo de adesão à nova carreira previdenciária (que se esgotou em 12 de abril) e o fim da obrigatoriedade, por parte dos servidores, de renunciar aos pleitos judiciais para que possam assinar o termo de adesão.

Representantes dos funcionários do INSS se reuniram com o ministro da Previdência Social, Amir Lando, na última quinta-feira, e reforçaram sua posição: querem uma negociação completa. Exigem ainda que todos os pontos acertados com o governo sejam definidos em um documento que deverá ser enviado ao Congresso como projeto de lei.




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