Por enquanto, a Petrobras nao irá retirar o óleo dos manguezais. A decisao foi tomada de acordo com a orientaçao da química inglesa Karen Purnell, contratada pela empresa, e de ambientalistas da Fundaçao Estadual de Engenharia de Meio Ambiente (Feema). Os especialistas acreditam que mexer nos manguezais pode fazer com que o combustível afunde, piorando a situaçao. Alternativas para a recuperaçao dessas áreas, no entanto, estao sendo estudadas. A limpeza das pedras e dos currais continua.
Landim garantiu que nao há óleo combustível no fundo da Baía de Guanabara. "Nao houve decantaçao", afirmou. "Coletamos amostras do fundo e as comparamos com amostras retiradas anteriormente; os resultados mostram que, atualmente, os níveis de óleo sao menores". O ambientalista Vilmar Berna, presidente da organizaçao nao-governamental (ONG) Coper Natureza, disse nesta sexta-feira que, de acordo com denúncias de pescadores, há muito óleo no fundo da baía. "Eles entram na água para pescar e voltam com os pés cheios de óleo", afirmou.
O coordenador do programa emergencial da empresa informou que um pouco do óleo que bateu nas praias se misturou à areia e retornou à baía, se alojando no fundo, a cinco metros da beira. "Temos 32 mergulhadores removendo essas placas", garantiu. Landim informou também que testes realizados nos peixes da baía mostram que eles nao estao contaminados pelo óleo. "Comparamos esses peixes com outros, pescados na baía há dois anos e congelados, e concluímos que os de agora estao melhores".
Pesca - O superintendente regional do Ibama no Rio, Carlos Henrique Abreu Mendes, informou, nesta sexta-feira, que já começou a contatar as autoridades municipais das regioes atingidas para liberar a partir deste sábado a pesca de curral (uma espécie de rede fixa na qual os peixes se prendem) e a pesca de rede. A pesca de arrasto que pega peixes que vivem mais no fundo, nao será liberada, por enquanto. "Por precauçao, vamos esperar a Petrobras retirar as placas de óleo e areia que estao próximas das margens", explicou. Mesmo com a liberaçao da atividade, Landim garantiu que os pescadores prejudicados pelo derramamento receberao a ajuda de custo da empresa referente a esse mês. O coordenador informou também que, devido às reclamaçoes, um novo cadastro de pescadores prejudicados está sendo organizado e, ao todo, já tem 12,3 mil nomes - o primeiro levantamento somava 4 mil pessoas. "Estamos avaliando criteriosamente a ficha dessas pessoas para saber se foram realmente atingidas", afirmou.
"As que efetivamente foram prejudicadas receberao a ajuda de custo, inclusive a referente ao mês passado". A Petrobras também está avaliando o pagamento de indenizaçoes a pescadores que perderam currais e material de pesca com o vazamento. "Já temos 240 currais cadastrados".
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