O dólar ficou mais caro no mercado negro argentino nesta quinta-feira, mesmo dia em que o governo federal oficializou o cronograma de devolução dos depósitos retidos nos bancos pela lei do 'corralito'. Segundo a edição on-line do Ambito Financiero, a moeda norte-americana foi negociada pelos cambistas portenhos oscilando entre 1,60 peso e 1,70 peso. No começo da semana, a cotação paralela estava perto do previsto pela equipe econômica de Eduardo Duhalde: entre 1,50 peso e 1,60 peso.

O feriado bancário e cambial na Argentina se estende desde 21 de dezembro. Assim, a população não pode comprar dólares nos bancos e casas de câmbio, fato que dá aos doleiros o monopólio na negociação de moeda estrangeira nas ruas. O problema é que o índice de desvalorização do peso não pode ser conhecido integralmente com o paralelo concentrado nos cambistas – por causa da alta especulação e da pouquíssima oferta.

No câmbio oficial, vinculado ao governo, US$ 1 vale 1,40 peso. Mas esse valor só funciona para os negócios externos do próprio governo.