Mesmo que o Capitão Nascimento e sua equipe exterminassem os traficantes do Rio de Janeiro, a cidade não estaria livre dos seus principais problemas. É o que mostra Tropa de Elite 2, que estreia hoje em 15 salas da região.
Tirando as favelas do foco, a sequência desenrola-se mostrando deputados e governador que tratam a segurança pública como joguete transformando a sociedade em fantoches de seus interesses.
Tudo vira bola de neve. A pressão pública pela segurança pacifica morros, que viram dutos eleitorais e abrem brecha para nova modalidade de corrupção da polícia boicotada: o controle dos serviços oferecidos aos cidadãos, como fornecimento de gás, venda de água etc.
É entrando para o poder como sub-secretário de Segurança que Nascimento se depara com a impossibilidade de sua missão. Derrotar a truculenta ação do tráfico é possível, mas eliminar o sistema, e a corrupção que parte de membros do poder oficial, não pode acontecer pela mira da sua arma.
Diferente do primeiro, a proposta segue mais ousada alcançado o verdadeiro cerne da questão, mas mantendo os mesmos elementos de ação. O que muda é a pecha de deus justiceiro de Nascimento que muitos acreditaram existir. Ele é apenas mais uma vida construída à revelia dos caprichos e poderes de muitos poucos.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.