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Parceria com cinco empresas amplia linha da Conexel
Rita Norberto
Da Redaçao
26/11/2000 | 20:17
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A Conexel Conexoes Elétricas, de Sao Bernardo, líder nacional no segmento de conectores eletroeletrônicos, com 53% de participaçao, fechou contratos de importaçao e distribuiçao com cinco empresas estrangeiras - quatro alemaes e uma norte-americana. Com a parceria, a Conexel poderá comercializar produtos complementares aos de sua linha, o que gerará, na expectativa da empresa, um acréscimo de 35% no faturamento.

"Com as parcerias, poderemos oferecer aos clientes uma linha completa", explicou o diretor da empresa Ivan Ochsenhofer.

As parcerias sao com as alemas Dehn + Söhne, fabricante de peças de proteçao contra os efeitos indiretos causados por raios; Sysmik, que atua no segmento de prédios, fornecendo módulos para automaçao predial; Bec Kholf, produtora de sistemas completos de automaçao industrial; Deutronic, que produz sistemas de fontes de geraçao de energia para equipamentos; e a norte-americana Action Instruments, especializada em instrumentalizaçao industrial.

Como fabrica peças para máquinas, a Conexel atua em todos os tipos de indústrias, em especial os fabricantes de máquinas e ferramentas. Clientes grandes como a Volkswagen e General Motors também utilizam suas peças nas máquinas. Hoje, a empresa fabrica 80% de sua produçao e importa outros 20%. "Nossa intençao é diminuir cada vez mais as importaçoes", disse o empresário.

Crescimento - Na opiniao de Ochsenhofer, 2000 está encerrando-se como "o melhor ano de todos" desde a abertura da empresa (em 1975), com um crescimento estimado de 25% no faturamento em relaçao ao ano passado. A boa fase é atribuída pela empresa a uma maior participaçao de mercado, impulsionada pelo crescimento nas vendas e pela alta do dólar. "Com a variaçao cambial, fica mais difícil para os produtos importados entrarem e, com isso, nós ganhamos mercado", explicou o controller (gerente comercial) da empresa, Carlos Carvalho.

A Conexel sabe bem o que significa a concorrência com as empresas que importam e distribuem produtos de fora. Em meados de 1990, durante o governo Collor, a empresa enfrentou a mais séria crise desde sua fundaçao. "De uma hora para outra, o governo reduziu a taxa de importaçao de 45% para 15%, para incentivar a entrada de produtos no país, isso acabou com os fabricantes nacionais", lembra Ochsenhofer.

Segundo ele, dos 600 funcionários, a empresa ficou com 200, pois nao havia como mantê-los. Para tentar recuperar-se, a empresa decidiu investir em tecnologia. Foram US$ 3 milhoes em novos equipamentos para implementar a automaçao na fábrica. "Conseguirmos ganhar competitividade", contou o diretor. Apesar do corte de funcionários e nos lucros, a empresa acredita que de certo modo a crise foi positiva, pois estimulou o avanço tecnológico. "Se nao fosse a crise, estávamos fazendo tudo manualmente ainda", completou Ochsenhofer.




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