A votação do pacote de benefícios para o funcionalismo de Rio Grande da Serra virou palanque eleitoral. A insalubridade de 20% para servidores da Saúde, vigias e motoristas, e o reajuste de 6% para toda classe foram aprovados por unanimidade - os empregados da Câmara também estão inclusos.

Os vereadores que almejam pleitear o comando do Executivo no ano que vem não perderam nenhuma oportunidade de discursar para o plenário, que estava cheio.

Um dos mais falantes era Cláudio Manoel Melo, o Claudinho da Geladeira (PT), pré-candidato ao Paço. "Sei que para os servidores 6% é muito pouco", declarou, antes de votar o projeto do reajuste. Fato curioso foi o parlamentar pegar instruções com o presidente municipal do partido, Benedito Araújo, que também acompanhava a sessão.

O tucano Clodoaldo Oliveira do Nascimento, aspirante a vice em caso de a chapa governista ser encabeçada por Gabriel Maranhão (PSDB), foi outro que fez uso da palavra. "Essa batalha foi árdua. É o reconhecimento do trabalho do sindicato e do prefeito."

As falas que antecederam à aprovação da insalubridade também não foram diferentes. "Sempre achei uma falta de respeito a ausência da insalubridade para esses profissionais", propagou Claudinho.

Valdir Marques, outro que sonha em ser vice de Maranhão, também optou por falar da insalubridade. "Dívida que o município tinha com todos os servidores. Pendência que passou também pela administração do PT", cutucou. Desde 1998, os servidores não recebiam aumento neste percentual.

O presidente da Câmara, Waldemar Perillo (PSDB), acredita que a situação é normal. "Os vereadores se empolgam mais quando o plenário está cheio", ponderou.

A Câmara autorizou o Executivo a comprar por R$ 25 mil área de 1.500 metros quadrados da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). O Legislativo também aprovou convênio para levar o PSF (Programa Saúde da Família) à cidade.