Economia Titulo Empresas
Imóveis corporativos valorizam 12% em um ano
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
08/06/2012 | 07:01
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Denis Maciel/DGABC


A demanda aquecida pela locação de imóveis corporativos na região, cuja espera chega a até um ano no caso de endereços mais disputados, inflacionou o valor do metro quadrado usado como base do aluguel. Em maio do ano passado, eram cobrados até R$ 79,20 por m², enquanto que, em abril, o preço subiu para R$ 90 o m². Ou seja, em um ano, ficou 12% mais caro alugar um espaço para escritórios no Grande ABC.

De acordo com o presidente da Viana Negócios Imobiliários, Aparecido Viana, um dos fatores que explicam esse cenário é a característica predominante da região que, embora fosse essencialmente industrial, por aqui sempre ficaram as linhas de produção, e não as sedes administrativas. Por conta desse desinteresse das empresas, não havia muitos prédios corporativos para abrigar escritórios, pois o custo era muito caro, já que a procura era fraca.

Um dos fatores que começam a aguçar o interesse de empresários é a participação do Grande ABC no pré-sal. "Muitas indústrias estão trabalhando pela motivação que o pré-sal vai gerar",diz Viana. "A maioria das empresas que instalam escritórios aqui é de fora e começaram a se aproximar da região por conta da prestação de serviços para as indústrias instaladas nas sete cidades."

O empresário comenta que outro fator que contribui à alta do preço do aluguel é a baixa velocidade para se erguer prédios como esses por conta da falta de áreas em locais mais movimentados. "As empresas procuram sempre estar perto de ruas importantes e próximas a estações rodoviárias ou de trem." Por isso, segundo ele, quando a Votorantim anunciou que iria sair de um edifício, um ano antes, já havia fila para ocupar seu espaço. Em São Caetano, afirma Viana, a situação é pior, pois a oferta é muito pequena, já que dificilmente são encontrados espaços acima de 200 m².

Apesar de os preços para locação corporativa na região estarem mais salgados, Viana ressalta que os imóveis que abrigam escritórios e lojas têm a vantagem de não precisarem de manutenção, pois todos os custos ficam por conta de quem oferece o espaço. "Quando há uma desocupação, são alteradas cores e infraestrutura sem que o locatário se preocupe ou gaste com essas mudanças", assegura.

Ele destaca que a oferta de imóveis desse tipo deve ser estimulada pelas perspectivas positivas em torno da instalação de redes hoteleiras na região. Conforme a reportagem do Diário publicou na segunda-feira, a região vai ganhar sete empreendimentos do setor até 2016. Desses, cinco, distribuídos por São Bernardo, Santo André, São Caetano e Diadema terão torres corporativas. "Os municípios ficam em evidência devido à proximidade com o Rodoanel e o Porto de Santos", diz Viana.

Outro benefício, segundo o empresário, é o incentivo fiscal no valor cobrado pelo ISS (Imposto Sobre Serviços). Na Capital a taxa é de 5% e nas sete cidades varia entre 2% e 3%.




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