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SBC prepara estudo para privatizar serviço de ambulância
Eduardo Merli
Do Diário do Grande ABC
19/09/2003 | 23:05
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O secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, Gilberto Frigo, disse que seu departamento solicitou um estudo para a FGV (Fundação Getúlio Vargas) sobre a viabilidade econômica da terceirização do serviço de ambulâncias e de carros funerários da rede municipal. “A Fundação está realizando um trabalho há 30 dias, no máximo”, afirmou Frigo.

Atualmente, a Prefeitura gerencia sozinha cerca de 24 ambulâncias que prestam apoio às UBSs (Unidades Básicas de Saúde), ao Pronto-Socorro Central e aos hospitais públicos da cidade. O mesmo acontece com vários carros funerários que atendem no município. Segundo o secretário Gilberto Frigo, a Prefeitura não tem como certa a terceirização, principalmente na questão financeira, mas vê a possibilidade de análise com bons olhos.

Frigo explicou que a atual frota de ambulâncias e carros funerários já está a cerca de 20 anos a serviço da administração. Uma atualização, de acordo com ele, poderia ser “interessante”, já que um dos itens do processo de terceirização de veículos é o comprometimento da empresa contratada em ter um carro com utilização de no máximo quatro ou cinco anos.

“Com uma frota de no máximo três ou quatro anos de uso, você sempre vai ter carro novo. Isso pode nos dar uma economia na parte de manutenção. Na falta de um funcionário, a empresa substitui. Então, há uma série enorme de vantagens, mas precisamos ver a questão do dinheiro”, disse.

De acordo com Frigo, atualmente a secretaria tem estudos que mostram que a administração direta do serviço de ambulâncias e carros funerários é mais vantajosa na questão financeira. “Por isso, o estudo da FGV vai nos dizer o gasto que temos para manter essa ambulância antiga, e comparar com uma tercerizada.”

Santo André – Atualmente, exemplos de terceirização do serviço de ambulâncias no Grande ABC servem de alerta. Em Santo André, a empresa Hold CML Delivery, que fornece ambulâncias, motoristas, técnicos e auxiliares de enfermagem à rede pública de saúde, foi denunciada por não contar com equipamentos básicos e transportar pacientes inadequadamente. Diante da má qualidade, o Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo, o Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André e usuários passaram a denunciar o serviço. A partir de abril, o Ministério Público e a polícia começaram a investigar a Delivery e o contrato mantido com a Secretaria de Saúde do município. Paralelamente, a própria secretaria abriu sindicância.




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