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Burocracia custa R$ 300 mil para 20% das empresas
04/08/2010 | 07:09
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Pesquisa Ibope realizada com 211 empresas em dez grandes cidades do País, encomendada pela Amcham (Câmara Americana de Comércio) e divulgada ontem, apontou que 20% das companhias gastam pelo menos R$ 300 mil por ano em média cada uma com rotinas burocráticas, considerando despesas com funcionários, profissionais terceirizados e emissão de documentos.

De acordo com o estudo, feito de 28 de abril a 17 de maio, 36% dos entrevistados apontaram que os lucros seriam superiores a pelo menos 6%, se todas as rotinas exigidas pelo poder público fossem removidas - desses 36%, mais da metade avalia que os ganhos seriam maiores que 10%.

Na avaliação dos empresários, entre os elementos que poderiam ser adotados pelo governo para diminuir os entraves burocráticos, estão o aumento da eficiência da gestão de administração, banimento de redundâncias, pena a infratores de maneira rápida e eficaz para acabar com a corrupção e políticas unificadas definidas pela União e adotadas por Estados e municípios.

Um outro fator importante, segundo os dirigentes de companhias, é a recriação do Ministério da Desburocratização, que indica que os entrevistados têm pouca confiança que a atual estrutura do Estado reduzirá as barreiras de processos que prejudicam as atividades comerciais.

Conforme o levantamento, 78% dos entrevistados apontam que, entre os entraves burocráticos, há o tempo exigido para cumprimento de tais obrigações junto ao poder público. Para 77% das empresas, outra dificuldade é a necessidade de emissão de diferentes certidões e documentos.

Para 63% das companhias, os custos causados pela burocracia também são obstáculos. Na apreciação de 91% dos entrevistados, existem conflitos burocráticos que atrapalham o ambiente de negócios.

A sondagem também questionou quais são as exigências burocráticas que mais emperram a concretização de negócios: 43% enunciaram as documentais, como, por exemplo, as que devem ser obtidas na Junta Comercial ou relativas a alteração de contrato social.

Na análise de 39%, merecem destaque os pedidos oficiais relacionados a regras de contabilização de operações e, para 10%, há requisições em transações imobiliárias que envolvem, por exemplo, cartórios (como certidões e atestados).




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