O ministério de Justiça da Espanha autorizou nesta segunda-feira o casamento de homossexuais estrangeiros no país independentemente de o país de origem autorizar ou não este tipo de união. Mas, "pelo menos um dos cônjuges precisa ser residente na Espanha", de acordo com a legislação que entrou em vigor há um mês. A Espanha também irá reconhecer o casamento de homossexuais espanhóis que vivam no exterior.

"O casamento entre dois estrangeiros do mesmo sexo residentes na Espanha (é válido) mesmo se a legislação de seu país não permitir estes casamentos", destacou um comunicado publicado no diário oficial.

"O encarregado do registro civil (que presidir a cerimônia) não pode negar a pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se casar sob o argumento de que este casamento não é válido em seu próprio país", destacou o texto.

A lei que autoriza o casamento de homossexuais na Espanha é uma das iniciativas liberais introduzidas pelo governo socialista do primeiro-ministro José Luis Rodriguez Zapatero, que assumiu o poder em abril do ano passado.

O primeiro casamento entre gays celebrado na Espanha ocorreu em 11 de julho, no subúrbio madrilense de Três Cantos, entre o espanhol Emilio Menendez e Carlos Baturin German, originário dos Estados Unidos.

Duas semanas depois foi celebrado o primeiro casamento entre lésbicas, quando uma argentina identificada apenas como Sebastiana e sua parceira espanhola, Victoria, casaram-se em uma corte de Mollet del Valles, subúrbio de Barcelona.