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Em um comunicado, HRM condenou a ONU "por agir como garante moral de um acordo de paz que inclui uma anistia geral para as atrocidades cometidas na guerra civil de Serra Leoa".
O porta-voz da ONU, Manoel de Almeida e Silva, disse nesta quarta-feira que o enviado especial da organizaçao a Serra Leoa, Francis Okelo, havia firmado o acordo com uma anotaçao indicando que as Naçoes Unidas nao reconhecerao a anistia para grosseiras violaçoes aos direitos humanos.
"Mas essa anotaçao nao será vinculante para as partes", assinalou a HRW. Segundo o acordo firmado em Lomé nesta quarta-feira, os rebeldes da Frente Revolucionária Unida (FRU) serao anistiados por todos os atos cometidos durante suas operaçoes.
A FRU é acusada de inúmeros abusos, incluindo matanças, seqüestros, estupros e mutilaçoes durante o conflito que matou mais de 20.000 pessoas. Peter Takirambudde, diretor da HRW, advertiu: "o acordo de paz nao pode simplesmente ignorar oito anos de atrocidades. A ONU deveria saber que é pouco provável que perdure uma paz construída sobre a impunidade; e até pode servir como um convite a mais atrocidades no futuro".
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