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Libertadores: Boca Juniors dá vexame no ano do seu centenário
Da AFP
15/06/2005 | 19:13
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O Boca Juniors, time argentino de grande tradição no futebol sul-americano, pôs fim à etapa mais gloriosa de sua centenária história, que inclui cinco anos repletos de êxitos, com um escândalo em seu estádio La Bombonera, após ser eliminado na Copa Libertadores da América de 2005 pelo Chivas de Guadalajara, do México. O empate em 0 a 0 se manteve até faltarem 11 minutos para o fim do jogo, quando a partida foi suspensa por incidentes, com um Boca nervoso e impotente para reverter a dura derrota por 4 a 0 no jogo de ida.

Dois meses após ter celebrado com uma festa os 100 anos de sua fundação, a tradicional equipe argentina ficou de mãos vazias. Além de não chegar às etapas decisivas desta edição da Copa continental, também não estará na Libertadores de 2006, e dentro de seu país já se encontra fora da disputa pelo Torneio Clausura.

Em 2003, o clube viveu um grande momento. O time de Carlos Bianchi venceu quase tudo que disputou: a Libertadores, o Mundial Interclubes no Japão, com uma vitória nos pênaltis frente ao italiano Milan, e o Torneio Apertura local. Após a saída do vitorioso treinador, em 2004, o Boca não conseguiu encontrar um sucessor que pudesse reviver seu histórico de conquistas construído durante a era do 'Virrey' Bianchi.

O primeiro escolhido para sucedê-lo foi Miguel Brindisi, antigo ídolo do clube, que se manteve apenas quatro meses no comando da equipe. Mas atormentado por uma derrota no superclássico contra o River Plate, abandonou-o.

O sucessor interino foi Jorge 'Chino' Benítez, outro jogador de passado histórico no clube e sem experiência como técnico na primeira divisão. Ele assumiu em meio a um tumulto, resistiu ao temporal e conquistou a Copa Sul-americana, em dezembro de 2004. Esse título deu a Benítez o crédito para uma nova temporada. Mas ele se desentendeu com alguns jogadores importantes da equipe, começou a perder prestígio no grupo e tomou algumas decisões equivocadas que se converteram em derrotas.

Após o fracasso diante do Chivas, é quase certo que Benítez não permaneça no cargo. Ele teve também uma reação censurável ao cuspir no volante mexicano Adolfo Bautista, durante a confusão que causou a suspensão da partida.

Mais que nunca, o cargo de técnico em um dos clubes mais populares do futebol argentino se tornou uma autêntica 'cadeira elétrica', devido a necessidade de se iniciar um novo ciclo de vitórias e com a obrigação de conseguir resultados positivos em pouco tempo.




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