Faz pouco tempo que em uma de minhas caminhadas matinais de domingo, parei por alguns minutos de frente para os degraus mais baixos de uma frequentada escadaria de meu bairro. 

A estrutura íngreme e extensa, com mais de cem degraus, tornou-se conhecida e cobiçada há alguns anos, pelo fato de ter sido ‘escalada’ rotineiramente por uma famosa influencer. 

Embora não faltem jovens sarados e com bastante resistência, que sobem e descem a inclinação desafiando seus próprios limites, o que realmente assusta é a quantidade de inocentes principiantes, de variadas idades, habitualmente acima do peso e muito fora de forma, decididos a mudarem seus destinos corporais.

Longe de ser saudável, esse enfrentamento traz riscos aos jovens para graves lesões articulares, e para aqueles com mais de 40 anos, associa-se o perigo de uma placa arteriosclerótica coronariana descolar-se e provocar infarto agudo do miocárdio.

A prática do exercício físico é indispensável, também em planejamento que vislumbre o emagrecimento, pois, embora sua execução não provoque perda ponderal, traz numerosas benesses, entre as quais, a proteção contra o acúmulo de gordura, contudo, obriga ao aconselhamento médico e eventualmente de um educador físico.

Outra investida comum de ávidos candidatos ao mundo fitness, é a visita ao ‘corredor de saúde’ do supermercado e por lá desfilar entre as gondolas repletas de gelatinas diets, barrinhas de castanhas, tabletes de proteínas e muito produto sem glúten, para anotar os artigos mais prescritos por alguns pouco sérios nutrólogos e nutricionistas (felizmente não são a regra).

Qualquer avaliação lúcida destes alimentos os colocará no patamar dos ultraprocessados, indesejados em qualquer cartilha de orientação nutricional, com alguns destes itens indo bem além de não contribuir para o que prometem, compondo na vastidão de elementos causadores de inúmeras doenças!

É isso, vida saudável não é para amadores!