Porém, a grande questão é que o MP não havia sido informado sobre a decisão do juiz. Além disso, existe a suspeita de que o valor liberado é maior do que o necessário para somar a quantia de R$ 2 milhões – montante para quitar parte das indenizações junto aos moradores.

Entretanto, o que realmente incomoda o MP são algumas transações bancárias suspeitas. "Há algumas atitudes muito estranhas. Como um pedido de pagamento de R$ 100 mil que entrou no dia 18 de fevereiro de 2003, o juiz (Alexandre Macedo) autorizou no mesmo dia e o pagamento também saiu no dia 18. É a Justiça mais rápida do planeta", disse o promotor Rodrigo Terra.

Ele também alerta para as pessoas envolvidas nestas movimentações financeiras, que segundo ele, são absolutamente suspeitas. Ele explicou que os R$ 100 mil mensionados anteriormente foram recebidos por Almir Maia Machado, que é 'identificado' como empresário responsável por intermediar empréstimo pedido a uma instituição britânica. "Na carteira de trabalho ele aparece como encarregado de acabamento. É um mestre-de-obras que não teria a qualificação necessária para fazer a transação", explicou Terra. Caso se confirme as suspeitas do promotor, Naya responderá pelo crime de fraude processual e poderá pegar até dois anos de prisão.

Na última terça-feira, o juiz titular da 4ª Vara Empresarial suspendeu o andamento do processo Palace II até que o MP conclua as investigações dessas suspeitas de irregularidades. Nesta onda de falhas processuais, quem deve ser o próximo investigado é o juiz Alexandre Macedo.