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Rebelião na Febem deixa 7 feridos
10/08/2004 | 23:58
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Internos da unidade 41 da Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) da Vila Maria, zona Norte de São Paulo, fizeram uma rebelião que durou mais de uma hora, no fim da tarde desta terça. Segundo a assessoria dos funcionários da Febem (Sitraemfa), houve tentativa de fuga e sete funcionários ficaram feridos.

Já a assessoria de imprensa da fundação informou que seis pessoas, cinco com ferimentos leves, foram levadas para o Pronto-Socorro de Tatuapé, na zona leste. Um funcionário deveria passar a noite no PS, em observação. Nenhum interno se machucou.

O tumulto começou pouco depois das 17h, quando os adolescentes – com idade entre 14 e 18 anos – renderam um grupo de funcionários e começaram a queimar colchões. Em seguida, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi chamada para conter a rebelião. O Corpo de Bombeiros enviou três unidades para o local.

Às 18h25, os internos já haviam se rendido e estavam sentados no pátio da unidade, sem camisa, apesar dos 16 graus registrados na região. De acordo com a assessoria de imprensa da Febem, o procedimento é normal durante a revista – eles são obrigados a ficar nus para que não possam esconder armas.

A unidade 41, localizada na avenida Condessa Elizabeth Robiano, tem capacidade para 150 pessoas. Atualmente, abriga menos que sua capacidade: 128 adolescentes, reincidentes graves.

Oito funcionários responsáveis por grupos de 40 a até mais de 100 internos da Febem. O resultado é uma capacidade “bastante limitada” para controlar qualquer manifestação, diz o laudo de uma vistoria do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo em quatro complexos da Febem. “Na prática, basta um adolescente ameaçar um funcionário de pátio com algum objeto cortante para que estabeleça o domínio da situação interna do pátio.”

O documento foi apresentado em uma audiência de conciliação entre servidores da Febem, em greve há mais de um mês, e o Estado. Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 24,63%. O sindicato da categoria também pede mais segurança nas unidades.




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