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Agroindústria brasileira atrai companhias italianas
Do Diário do Grande ABC
08/06/2000 | 15:32
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Empresários italianos estao de olho no potencial do mercado brasileiro. No dia 16 de julho uma delegaçao da Itália, presidida pelo ministro do Comércio Exterior, Mauro Fabris, chega ao Brasil rumo ao Sul do país. "Existe um interesse muito grande dos italianos em selar parcerias nos setores de agroindústria e carne industrializada" informa à Agência Estado, Andrea Ambra, diretor superintendente do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE).

A italiana Senfter, do setor de frios, acaba de chegar no Brasil e fechar parceria com a brasileira Languiru Cooperativa do Sul que passou a se chamar Sino dos Alpes Alimentos, localizada em Porto Alegre (RGS). "É o primeiro de uma série de negócios que deverao ser selados ao longo do ano", garante Ambra.

Agostinho Dalla Valle, diretor da Sino explica que foram desembolsados US$ 14 milhoes na construçao de uma fábrica para produzir toda linha de embutidos (Salsicha, mortadela, presunto, entre outros), com capacidade instalada de 2 mil toneladas/mês, operando em apenas um turno. "Cada uma das empresas arcou com 50% do investimento", conta. A unidade começa a operar na próxima semana.

Faturamento - A cooperativa que comercializava frangos e suínos vivos, daqui para frente vai se dedicar apenas à industrializaçao de embutidos e projeta para este ano um faturamento de R$ 30 milhoes. "Para 2000 a expectativa é alcançar R$ 100 milhoes", afirma. O motivo de tamanho crescimento é que a a joint-venture irá abastecer os países do Mercosul e da América Central. Mas para frente, acrescenta, a intençao é que a Sino entre em novos nichos, como por exemplo, o de empanados. "Nossa parceria visa avanço tecnológico e valor agregado", diz. A Sino produzirá alimentos das marcas Senfter e Westfalia.

Intercâmbio - Além das parcerias o intercâmbio comercial entre os dois países que havia despencado no ano passado, ganha fôlego e deve encerrar o semestre com números positivos. De janeiro a março, informa, as exportaçoes brasileiras para a Itália subiram 8% enquanto as importaçoes ficaram 4% superiores em relaçao ao primeiro trimestre de 1999.

"Os negócios deverao crescer entre 10% e 12% ao longo de 2000", projeta. No ano passado, o Brasil vendeu US$ 2,2 bilhoes para o mercado italiano, montante 23% abaixo do registrado no ano anterior. A Itália, por sua vez, reduziu 18% as suas exportaçoes para o Brasil, ficando na casa dos US$ 2,6 bilhoes.

Segundo seus dados do ICE, 80% dos produtos importados pelo Brasil concentram se no setor de máquinas e equipamentos para a indústria de alimentos. As exportaçoes estao mais centradas na área automobilística, tendo o café como segundo maior produto comprado pelos italianos.

Molduras - A maior empresa mundial produtora de molduras a italiana que leva a marca Arquati, também já se instalou no Brasil e adquiriu, recentemente, quatro fábricas do ramo, fechando acordo com o governo federal, garantindo o reflorestamento nas áreas onde explora madeira.




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