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Congresso começa ano legislativo na terça
Do Diário do Grande ABC
13/02/2000 | 20:03
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O Congresso inicia terça-feira mais um ano de trabalho, com a abertura de uma nova sessao legislativa ordinária, dando seqüência à votaçao de matérias que, embora tenham avançado no período da convocaçao extraordinária, ainda dependem de entendimento ou até mesmo do cumprimento de prazos regimentais para serem votadas.

Na mensagem presidencial que será lida na sessao especial desta terça-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso vai agradecer o empenho dos parlamentares na votaçao de propostas que moralizam a administraçao pública, como a Lei de Responsabilidade Fiscal. A entrega da mensagem aos presidentes do Senado, Antonio Carlos Magalhaes (PFL-BA), e da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), será feita pelo ministro chefe da Casa Civil, Pedro Parente.

Na Câmara, continuam sendo "prioritárias" as reformas tributária e a do Judiciário, a lei dos Crimes de Responsablidade Fiscal e o projeto que trata do fundo de pensao da Uniao, Estados e municípios. O presidente da Comissao da Reforma Tributária, deputado Germano Rigotto (PSDB-RS), assegurou que o substitutivo será votado pela Comissao na semana que vem, depois de fechados os últimos acertos com o governo.

Para o líder do governo na Câmara, deputado Arnando Madeira (PSDB-SP), o semestre será "extremamente positivo". Ele nao acredita que as eleiçoes municipais de outubro possam prejudicar o andamento dos trabalhos na Casa, pela falta de quórum.

Já os senadores, além de esperar pela chegada de matérias que estao sob o exame dos deputados, darao prosseguimento à discussao de várias propostas. A principal delas é a emenda constitucional da Desvinculaçao de Recursos da Uniao, chamada DRU, que autoriza a livre alocaçao, pelo Executivo, de 20% das receitas do Orçamento da Uniao.

Sem a votaçao da DRU, os parlamentares nao poderao avançar na tramitaçao da proposta do Orçamento da Uniao deste ano. A votaçao da emenda, em primeiro turno, deve correr na terça-feira da semana que vem.

O relator da Lei de Responsabilidade Fiscal, senador Jefferson Péres (PDT-AM), prometeu a Fernando Henrique preparar o parecer mantendo o texto da proposta aprovada na Câmara na segunda quinzena de março. Antes, Péres quer ouvir representantes da Uniao, dos governadores e prefeitos sobre a proposta.

Se algum deles conseguir convencê-lo sobre a inaplicabilidade de algum ponto da lei, o senador vai pedir ao presidente que faça a correçao futuramente, enviando ao Congresso outra proposta tratado apenas desse ponto.

Salvo eventuais impasses que poderao ocorrer na votaçao da reforma tributária em plenário da Câmara, o período será tranquilo para o governo. Já os parlamentares, vao ter de enfrentar o "patrulhamento" da opiniao pública, na tramitaçao do artigo da reforma do Judiciário que trata do nepotismo.

O líder Arnaldo Madeira previu que será difícil fechar um acordo sobre o emprego de parentes no Legislativo e no Judiciário. O assunto foi adiado e só deverá retomar à pauta da Câmara quando houver pelo menos uma idéia sobre o que o Congresso deverá fazer.




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