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Brasil fica atrás dos EUA e da China em produtividade
07/09/2007 | 07:11
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O Brasil ficou mais distante dos países desenvolvidos e até de concorrentes emergentes no que se refere a um dos principais indicadores que medem a eficiência da economia.

Entre 1980 e 2005, a produtividade por empregado caiu 2,7% no País, enquanto a dos trabalhadores nos Estados Unidos aumentou 57%.

Na China, o indicador dobrou somente nos últimos 10 anos. Os dados fazem parte do relatório Indicadores-Chave do Mercado de Trabalho, divulgado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), nesta semana, no Chile.

Brasil - Segundo o estudo, o valor agregado por trabalhador (que mede quanto cada empregado acrescenta na etapa de produção) no Brasil caiu de US$ 15,1 mil em 1980 para US$ 14,7 mil em 2005, uma queda média de 0,1% ao ano.

Na China, em contrapartida, houve um salto médio de 5,7% ao ano de 1980 a 2006. Nos últimos 10 anos, o valor agregado por trabalhador passou de US$ 6,3 mil em 1996 para US$ 12,5 mil em 2006, quase encostando no Brasil. Nos países do Leste Europeu, o crescimento foi de 53% entre 1996 e 2006.

Distância - Brasil e China ainda estão muito distantes dos EUA, que continuam a liderar o ranking. A pesquisa aponta que os americanos lideram a produção por trabalhador, que passou de US$ 41,6 mil em 1980 para US$ 63,8 mil em 2006. Em segundo lugar vem a Irlanda, com US$ 55,9 mil por empregado.

Na comparação por hora trabalhada, porém, quem lidera é a Noruega, com US$ 37,99 pagos por hora, contra US$ 35,63 nos EUA.

América Latina - Segundo a OIT, a produtividade por trabalhador caiu de 1980 a 2005 em metade dos países da América Latina. Em 2005, cada venezuelano produziu o equivalente a 42% do que um trabalhador produziu nos Estados Unidos. Em 1980, a proporção era de 77%.

Em contrapartida, as economias do Leste da Ásia, apesar de terem níveis de produtividade mais baixos que os dos países latino-americanos, mostraram significativas melhoras na comparação com os países desenvolvidos.

Apenas na Coréia do Sul, o crescimento no valor agregado por trabalhador foi de 4,8% ao ano.

Em 2005, o trabalhador coreano produzia o equivalente a 68% do empregado norte-americano, contra 28% em 1980.

Na comparação com os Estados Unidos, a produtividade brasileira registrou queda ainda mais expressiva, passando de 36,5% do obtido pelos norte-americanos, em 1980, para 23,5%, 25 anos depois.

Segundo a OIT, a produtividade na economia brasileira aumentou apenas nos setores de agricultura, pesca e atividades florestais, com crescimento médio de 3,6% ao ano, saindo de US$ 2,3 mil em 1980 para US$ 5,7 mil. Na indústria, a produção por empregado no Brasil caiu de US$ 7,1 mil para US$ 5,9 mil entre 1980 e 2005.

Isso representa apenas 5% do nível de produtividade industrial dos Estados Unidos. Em 1980, essa proporção estava em 19%.




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