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Fiesp apóia mudança, mas cobra açao
Do Diário do Grande ABC
02/02/1999 | 16:05
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O presidente interino da Fiesp, Carlos Roberto Liboni, considerou positiva a decisao do governo de substituir o presidente do Banco Central, Francisco Lopes, por Armínio Fraga. Segundo ele, o novo presidente do BC tem larga experiência internacional no mercado financeiro e esta será a grande diferença a partir de agora. "O mercado precisa de respostas mais rápidas do que as que vinham sendo praticadas pelo BC para se chegar a um patamar de estabilidade", afirmou Liboni.

Na avaliaçao do executivo, o fato de Fraga ser ex-funcionário do megainvestidor George Soros é uma experiência a mais e nao há nenhum problema ético nisso. Liboni disse também que o fortalecimento do ministro da Fazenda, Pedro Malan, nao significa necessariamente a permanência de uma política monetarista, que vem sendo criticada pela Fiesp há tempos.

"Acredito que a nova política é mais consistente com as nossas idéias. O trabalho agora é estabilizar o câmbio e possibilitar a queda na taxa de juros, coisa que deve ser feita de imediato", disse, ressaltando que a taxa de juros ideal para a indústria voltar a crescer seria na ordem de 20% ao ano.

O presidente interino da Fiesp afirmou também que a taxa ideal do câmbio seria de R$ 1,60. "Esta é a taxa que o mercado deve aceitar como estável. Ainda levará um tempo para isso acontecer, mas a tendência é positiva". A Fiesp vem desenvolvendo um trabalho de discussao entre os industriais da cadeia produtiva para se chegar a um equilíbrio de preços e formar uma espécie de grade de proteçao contra a inflaçao. Segundo Liboni, este ano a inflaçao deverá ter "bem menos do que dois dígitos". Disse também que essas novas medidas do governo, quando chegarem a um resultado definitivo, afastarao de vez as idéias de moratória, centralizaçao do câmbio, inflaçao ou indexaçao.




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