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Rebeldes chechenos resistem em seu último reduto
Do Diário do Grande ABC
27/02/2000 | 18:52
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Os militares russos afirmaram neste domingo que tinham cercado o último reduto importante dos rebeldes chechenos, mas os guerrilheiros islâmicos separatistas opunham uma firme defesa e as forças federais enfrentavam uma intensa e sangrenta luta, disseram oficiais russos.

Cerca de 2,7 mil rebeldes estao concentrados nas proximidades da aldeia de Shatoi, nas montanhas do sul, o último setor da Chechênia em que os guerrilheiros mantêm forte resistência.

As forças russas esperam eliminar os rebeldes na primavera boreal quando os guerrilheiros poderao se mover com mais facilidade do que na neve e as folhagens proporcionam uma melhor camuflagem.

"Será um caminho difícil para os federais. Haverá intensas batalhas daqui por diante", disse neste domingo um comandante russo, o tenente-general, Vladimir Bulgakov, segundo a agência ITAR-Tass.

"Os avioes e helicópteros russos atacaram intensamente os rebeldes durante várias semanas, mas à medida que as tropas russas se aproximam, a aviaçao ficará limitada e logo nao poderemos utilizar a aviaçao para nao provocar baixas em nossas unidades", disse o tenente-general Guenady Troshev, ainda segundo a ITAR-Tass.

Em Shatoi "as fortificaçoes defensivas sao ainda melhores que as de Grozny", disse o capitao Andrei Frolov, perto da capital da Chechênia, onde os separatistas resistiram às tropas russas durante vários meses, até que fugiram em fevereiro.

"Os rebeldes tentam resistir ao cerco e alguns conseguem", revelou Frolov. "De dia eles se escondem e à noite aparecem em grupos de 15 a 20 com fuzis de francoatiradores e lança-granadas", acrescentou.

Muitos governos e grupos de direitos humanos tem apelado à Rússia para investigar as denúncias de atrocidades na Chechênia, inclusive a execuçao sumária de civis e a tortura de detidos.

Alvaro Gil-Robles, o comissário de Direitos Humanos do Conselho da Europa, visitou neste domingo acampamentos de refugiados chechenos em Ingushetia, uma república russa vizinha à Chechênia.

Gil-Robles, acompanhado por Vladimir Kalamanov, o enviado presidencial encarregado dos direitos humanos na Chechênia, se propoe a visitar Grozny nestas segunda-feira.




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