A defesa jurídica do ministro da Previdência Social, Romero Jucá, com esclarecimentos sobre um financiamento junto ao Basa (Banco da Amazônia), deve ser entregue à Procuradoria Geral da República nesta segunda-feira.

A garantia foi dada neste domingo pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, depois de analisar a documentação encaminhada pelo Basa sobre empréstimo à empresa Frangonorte, de propriedade do ministro — operação sobre a qual pesa denúncia de que o aval foi conseguido de forma fraudulenta, com base em fazendas inexistentes.

O advogado do ministro Jucá assegura, contudo, que a documentação do Banco da Amazônia é clara quanto à normalidade da transação, e diz que ele, particularmente, está convicto de que a defesa que vai levar à Procuradoria "é suficiente para explicar eventuais dúvidas" sobre o caso.

As explicações foram solicitadas pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, depois de receber denúncia sobre a operação. Jucá, ex-governador de Roraima e senador licenciado pelo PMDB, disse que a denúncia já foi "devidamente esclarecida" e está sendo "requentada". Sobre ele pesa, também, acusação de abuso do poder econômico na campanha eleitoral de 2002.