A Prefeitura de São Bernardo encaminhou à Câmara pedido de abertura de sindicância para apurar possíveis irregularidades no fornecimento de requisição do SADT (Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico) pelo vereador Gilberto França. O documento é de uso exclusivo da Secretaria de Saúde.

A suspeita é que tenha saído do gabinete do parlamentar, por meio do SADT, pedido para realização de cirurgia plástica para uma munícipe.

A Secretaria de Saúde encaminhou o caso à PGM (Procuradoria-Geral do Município), que sugeriu que fosse solicitada uma sindicância pelo Legislativo.

Para acompanhar os desdobramentos do caso, foi designada uma comissão formada por técnicos que atuam na Câmara. "Como se trata de uma ação para verificar se ocorreu alguma irregularidade, o trabalho será breve", afirma o presidente do Legislativo, Hiroyuki Minami (PSDB).

As requisições para SADT são utilizadas para realização de exames complementares ou preparatórios para atos cirúrgicos ou tratamento clínico.

Os documentos são solicitados por profissionais de nível superior da rede pública de Saúde, como médicos e enfermeiros. Sendo assim, não podem ser feitas por vereadores.

A Prefeitura informou que o SADT não é requisição para intervenção cirúrgica e que uma cirurgia plástica teria de ser solicitada e autorizada pela gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio de uma AIH (Autorização de Internação Hospitalar). Por conta disso, o pedido feito para a munícipe fica inviabilizado.

O sistema é fiscalziado pela central de regulamentação da Secretaria de Saúde e, se for necessário, é acompanhado pela gerência de auditoria do SUS. O caso chegou na Secretaria de Saúde através de um comunicado da coordenação da UBS (Unidade Básica de Saúde) Alvarenga, em janeiro, por conta da apresentação de um pedido de cirurgia com a assinatura de um médico que não possui vínculo empregatício com a Prefeitura.

Procurado, Gilberto França não retornou os contados do Diário.