Maria Helena foi baleada por Leal - condenado a 67 anos de prisao pelo 4º Tribunal do Júri - ao interceder por seu filho Agnaldo Ludovice Santos, que estava sendo ameaçado com uma arma pelo policial na subida do morro, após voltar de um baile. Embora tenha mostrado a identidade militar de fuzileiro naval, Agnaldo foi morto e sua mae ferida gravemente na coxa, ficando impossibilitada de exercer tarefas domésticas.
Além da indenizaçao, o Estado terá que pagar também R$ 33 mil referentes às despesas com cirurgias reparatórias e compras de sapatos de compensaçao e muletas. A ex-diarista receberá ainda pensoes vencidas e a vencer, na base de um salário mínimo, pelo período da incapacidade total e temporária e de 30% desse salário para incapacidade permanente parcial até sua morte.
Na sentença, o juiz da 1ª Vara ressaltou que o dano moral experimentado pela doméstica é "incontestável". Para ele o desgosto íntimo causado pelo fato é inerente. "Aliás, neste campo, a autora experimentou dois danos: o decorrente de presenciar a morte do filho, brutalmente assassinado por um marginal, falsamente investido da funçao de policial, e as lesoes, que ela, demandante, experimentou".
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